Odor desagradável, que evoca o da água estancada, libertado sobretudo pelos vinhos que não foram cuidados.
Apodrecimento das uvas normalmente por acção de fungos com condições climatéricas adversas, como por exemplo, a chuva no período da maturação.
Doença provocada por um fungo (Botrytis cinerea). Os micélios penetram nos bagos de uva através das feridas provocadas pelos vermes do cacho, pelo granizo, pelo oídio e por outras causas. O fungo passa de um bago para outro causando a destruição das uvas, com perda do suco e morte dos pedúnculos e dos engaços. Os bagos de uva que foram tocados pela doença, cobrem-se, se o tempo estiver húmido, com uma capa cinzento-acastanhada e pelos micélios do fungo. O desenvolvimento da podridão depende directamente das chuvas e da humidade do ar. A alternância entre chuvas e calor activa a podridão. Há variedades mais sensíveis à Botrytis, mas as cepas mais vigorosas e submetidas a maior produção são sempre mais propensas à podridão. Os estragos podem ser consideráveis, pois os vinhos elaborados com vindimas afectadas pela podridão são sensíveis à casse oxidásica e a sua elaboração e conservação requer grandes cuidados. No caso dos vinhos tintos (que se devem macerar com as suas películas) constitui uma tragédia. A lácase e outras enzimas destroem a cor, provocando odores desagradáveis fenicados. Luta-se contra esta doença com tratamentos químicos de produtos de síntese, com antibotrytis. Mas exige uma grande protecção contra os vermes dos bagos de uva e contra o oídio. O controlo da produção graças à eliminação drástica dos adubos orgânicos nitrogenados é também uma boa medida preventiva.
A podridão nobre é também causada pela Botrytis cinerea; mas pode considerar-se a sua manifestação benéfica. Ataca os bagos da uva muito açucarados, mas se o clima for propício, nem demasiado húmido nem demasiado quente, desenvolve-se de forma positiva. A pele dos bagos afectados torna-se mais fina e vai dourando como se estivesse queimada pelo sol. As uvas desidratam-se, aumentando a sua proporção de açúcares e de pectinas. Os vinhos obtidos com estas uvas são generosos e podem alcançar uma grande finesse. A podridão nobre utiliza-se positivamente em certas regiões (Sauternes, Alsácia, Reno, Ontário) para elaborar vinhos licorosos muito apreciados. A colheita efectua-se em várias passagens sucessivas. Em cada uma delas vindimam-se as uvas que alcançaram o ponto de desidratação desejado.
Sarmento podado a uma ou duas gemas.
Taninos, antocianos e outras matérias corantes de gosto amargo, que contribuem também para a estrutura dos vinhos.
Enzima responsável pela oxidação dos polifenóis. As mais conhecidas são a tirosinase e a lácase.
Prótido, cadeia de aminoácidos polimerizados com ligamento peptídico.
Esta palavra designa um pesticida ou insecticida eficaz contra diferentes parasitas. O produto polivalente mais antigo é o cobre, que combate o míldio, a antracnose maculada, as doenças bacterianas, a podridão dos cachos e também um pouco o oídio.
Parte suculenta do interior do bago da uva, constituída por frágeis células que contêm o sumo da uva.