Variedade branca obtida por cruzamento de Sylvaner e Riesling. Na Alemanha cultiva-se para elaborar vinhos de qualidade média, por vezes muito ácidos.
Parte da garrafa que dilata junto do gargalo, onde começa a desenhar-se o ombro.
Odor frutado, que recorda o do marmelo, característico dos vinhos brancos ligeiramente evoluídos ou amadurecidos, dado pelos aldeídos.
Vinhos generosos elaborados no Noroeste da Sicília, em diferentes localidades da província de Trapani, Palermo e Agripento. São famosos desde que, em 1770, o inglês Woodhouse introduziu na ilha uma técnica especial para preparar vinhos doces, acrescentando ao mosto em fermentação cerca de 4% de arrobe (mosto cozido). Na sua maioria procedem das variedades brancas Carratto, Grillo e um pouco de Inzolia, mas existe também o Marsala Rossi elaborado com as uvas tintas Pignatello, Calabrese e Nerello. A sua característica fundamental é que são enriquecidos com uma mistura de álcool, mosto doce (sifone) e uma mistela muito concentrada de arrobe (cotto ou calamich). Actualmente simplificou-se muito o complicado sistema tradicional de elaboração. Continuam, no entanto, a ser vinhos fortificados (17 a 18 graus) e enriquecidos com mosto concentrado. Na produção do marsala fine e superiore continua a utilizar-se pelo menos 1 kg de mosto cozido por hectolitro de vinho. · O sifone prepara-se misturando um mosto muito doce de uvas muito maduras e cerca de 25% de álcool. Esta mistura deixa-se envelhecer em pipas de 500 l durante dois anos. · O cotto é o mosto concentrado, que se aquece até ser reduzido a uma terça parte do seu volume. Este arrobe pode também ser envelhecido antes de o acrescentar ao vinho. Todos os tipos de marsala (fine, superiore e riserva) são vinhos doces de sobremesa, à excepção do marsala vergine, que é mais seco, também fortificado a 17º e marcado pela permanência em carvalho que pode prolongar-se por 5 ou mais anos.
Diz-se de um vinho enrançado, amadeirado, com carácter evoluído, que recorda o marsala (do italiano, marsalato).
Variedade branca, bastante produtiva, que se cultiva em França (Hermitage e Côtes-du-Rhône, Provenza), Suíça, Austrália (Victoria), etc. Produz vinhos delicados, com poucas condições para guardar.
Casta de uva recomendada em várias regiões do interior Centro e Norte de Portugal. Toma o nome de Mourisco no Douro e nas regiões a montante desta. Produz vinhos com boa graduação, pouca cor e aromas gulosos e rústicos.
Variedade tinta cultivada no Trentino, que produz vinhos ligeiros, bem pigmentados, com aromas distintivos de ameixa. A sua principal coroa de glória é ter sido celebrado por Mozart na última cena de Dom Juan.
Diz-se de um vinho que depositou pigmentos na garrafa, de forma que esta se apresenta coberta por um sedimento.
Aroma a mato ou vegetação rasteira que caracteriza alguns vinhos brancos (alguns riesling) e tintos. Pode incluir-se na família dos odores balsâmicos, resinados.