Diz-se do vinho moderadamente doce que conserva açúcares redutores residuais.
Do latim aperire, abrir. Bebida que se serve antes das refeições, para abrir o apetite. O aperitivo procede, provavelmente, de certas bebidas medievais, como o vin herbé e outras especialidades mais próprias da farmacopeia que da gastronomia. É também o descendente directo dos vinhos gregos e romanos que eram sempre vinhos aromatizados. A única novidade que se introduziu depois da Idade Média foi aumentar o grau alcoólico destes vinhos aromatizados, até alcançar os 18 graus. Como costume social, só foi introduzido depois do século XIX. Os vinhos generosos e espumosos tiveram sempre um lugar de honra no aperitivo, embora fossem afastados nos anos 50 pelas modas vindas dos EUA das bebidas alcoólicas de tipo "long drink". Actualmente, a cultura do vinho deve recuperar esse solo perdido, reconquistando o lugar que os xerezes, os portos, os madeiras, os champagnes ou os espumantes merecem na gastronomia. O serviço de um delicado vinho branco como aperitivo é um hábito que favorece a degustação dos outros vinhos que se servem com a refeição.
Pressão exercida durante a prensagem. Os bons vinhos elaboram-se sempre com prensas adequadas, que não exerçam uma pressão excessiva, para que as grainhas da uva não se quebrem e não extraiam aromas herbáceos.
Fresco, viçoso, alegre, normalmente diz-se de vinhos brancos jovens.
Ponto máximo que um vinho envelhecido em garrafa pode alcançar. Um vinho engarrafado e bem conservado numa adega que tenha condições adequadas segue uma curva da evolução: primeiro, sobe, mostrando a melhoria do vinho; depois, chega ao máximo, a que se chama apogeu; finalmente, começa a baixar, seguindo o processo de envelhecimento até chegar à sua morte.
Doença que seca a planta da vide. A cepa morre subitamente durante o Verão, quando o fungo penetra na madeira e liberta uma enzima, que circula, transportado pela seiva.
É o lugar onde se guardam vinhos, em especial para colecção. Despensa ou depósito.
Acção de revestir uma garrafa com rótulo, contra-rótulo, gargantilha, cápsula, etc., isto é, com todos os elementos que a identificam e a decoram.
Aparelho recuperador de calor que serve para aquecer o vinho antes de passar à caldeira do alambique. Aproveita o próprio calor dos destilados que passaram anteriormente pela caldeira, o que permite economizar energia.
Operação que se realiza nas zonas de clima frio e que consiste em aquecer o local de recepção da uva com o objectivo de favorecer a fermentação. Os mostos muito frios não fermentam e convém aquecê-los ligeiramente para que as leveduras possam dar início ao seu processo. O calor é ainda mais indispensável nos países frios quando se começa a fermentação maloláctica, pois as bactérias, que efectuam esta desacidificação biológica, evoluem melhor a uma temperatura não inferior aos 18ºC. Por isso, utilizam-se instalações de aquecimento nas naves onde se realiza a fermentação. Mas, mais frequentemente, o calor torna-se um problema para se obter vinhos aromáticos e bem elaborados. É o caso de países de clima quente, quando a uva está demasiado quente e existe o risco de fermentar já no transporte; ou quando a temperatura da fermentação alcoólica ultrapassa os 35ºC e detém o trabalho das leveduras antes de terem acabado de transformar os açúcares do mosto em vinho. Prática vinícola destinada a destruir a oxidação das vindimas frágeis ou de certas variedades muito oxidáveis, como a Grenache. Neste caso, procede-se ao aquecimento rápido, só durante um ou dois minutos, da vindima prensada ou por prensar, arrefecendo-a de seguida. Assim consegue-se destruir a oxidação, e os pigmentos podem colorir fortemente o mosto. Este processo diferencia-se da flash-pasteurização, breve esterilização que se aplica aos vinhos comuns para os estabilizar biologicamente. A flash-pasteurização, frequentemente utilizada na indústria alimentar (especialmente para o leite), não é aplicável aos grandes vinhos, dado que a destruição dos microrganismos impede o seu posterior envelhecimento e, consequentemente, a sua qualidade. Os vinhos de Madeira submetem-se a estufagem (são aquecidos em estufas), seguindo um método de elaboração especial.