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Século XIX

Na segunda metade do século XIX, a vinha é atacada por pragas e doenças responsáveis pela diminuição da produção de vinho.

Por volta de 1851, o oídio manifesta-se nas vinhas. Esta doença é visível nos bagos das videiras: ficam cobertos de um pó branco e acabam por cair. Registaram-se elevadas quebras de produção. Mais tarde, descobriu-se que a doença poderia ser combatida pulverizando as videiras com enxofre. 
Em 1853, foi a vez do míldio atacar as vinhas. Nesta altura, em França já se conhecia o tratamento para esta doença (cobrir as vinhas com sulfato de cobre e cal), por isso as suas consequências em Portugal não foram muito graves. 

A filoxera chega a Portugal através da região do Douro em 1867 e rapidamente devasta vinhas em todo o país. Este insecto ataca a raiz da videira para se alimentar do seu suco, provocando a morte da planta. A única região que escapou a esta praga foi Colares, porque o insecto que provoca a filoxera não se desenvolve em solos arenosos como os desta região. A forma de prevenir esta praga foi descoberta, quando se verificou que as videiras americanas eram resistentes a esta doença. As videiras europeias passaram a ser enxertadas com raízes americanas, prática corrente ainda hoje.

Em 1866 constituiu-se uma comissão encarregada de fazer a avaliação do estado das regiões vitivinícolas e sua resposta em relação às doenças. A comissão era composta por António Augusto de Aguiar, João Inácio Ferreira Lapa e o Visconde de Vila Maior.

Em 1874, António Augusto de Aguiar foi nomeado Comissário Régio na Exposição de Vinhos de Londres. A partir daí, viajou por outros países europeus onde recolheu a experiência para avaliar o estado do sector vitivinícola nacional. Em 1875, António Augusto de Aguiar foi o responsável pelas “Conferências sobre Vinhos” no Teatro D. Maria e no Teatro Trindade


 
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