A região de Lisboa é uma das maiores áreas vitivinícolas portuguesas. É uma região com bastante tradição vitivinícola, apesar dos seus vinhos terem sido vendidos a granel durante anos. As excepções são Bucelas, Carcavelos e Colares que produziam vinho que ganhou notoriedade nacional e internacional.
 
Com a modernização das adegas foi possível alterar os processos de vinificação e melhorar a qualidade e o estilo dos vinhos da região de Lisboa. Deste modo, nas zonas de Encostas De Aire, Alcobaça, Óbidos, Alenquer, Arruda e Torres Vedras produzem-se vinhos tintos e brancos cuja qualidade é cada vez mais reconhecida.

Os vinhos brancos da região de Lisboa são aromáticos, frutados e bastante frescos. Alguns são ligeiramente acídulos, devido à influência do clima atlântico sobre o período de maturação das uvas. Os tintos são leves, suaves e de cor viva. Alguns tintos apresentam-se um pouco adstringentes quando jovens, no entanto quando envelhecem ficam bastante suaves e aveludados na boca. Na zona da Lourinhã destaca-se a produção de aguardente. 

Em Carcavelos a produção de vinho está quase extinta, no entanto esta sub-região é ainda famosa pela produção de um vinho licoroso delicado e aveludado. Este apresenta cor topázio e aromas com notas de amêndoas.

Um dos vinhos brancos mais famosos em Portugal é o produzido na sub-região de Bucelas. Este vinho é produzido a partir da casta Arinto e caracteriza-se pela sua cor citrina e aroma e sabor frutado. É um vinho seco, leve e quando envelhecido ganha cor amarela dourada.

As castas, o solo e o clima típico da região de Colares contribuem para a produção de vinhos muito especiais. Refira-se que aqui, a vinha ainda é cultivada em “pé franco” ou “chão de areia” nos terrenos próximos do mar. O tinto de Bucelas é produzido a partir da casta Ramisco (é obrigatório que constitua 80% do total de castas utilizadas) em combinação com outras castas como a João de Santarém ou a Molar. Este tinto é bastante áspero e adstringente na sua juventude, mas com a idade torna-se mais macio, ganha complexidade de aromas e a sua cor adquires tonalidades semelhantes à “casca de cebola”. Os vinhos brancos são essencialmente produzidos a partir da casta Malvasia e Arinto. Apresentam cor citrina e aromas frutados que se tornam mais complexos com a idade.

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