A tecnologia utilizada na produção dos vinhos dos Açores é bastante simples, uma vez que o vinho da região é um produto realizado de forma quase natural.
Nos Açores produz-se essencialmente vinho branco licoroso e a casta mais plantada é a Verdelho, uma casta branca perfeitamente adaptada ao clima e solos das ilhas. Além desta casta, as castas Arinto e Terrantez são também muito utilizadas na produção de vinho.

Os processos de vinificação do licoroso dos Açores iniciam-se com o desengace e esmagamento das uvas. Posteriormente é realizada uma defecação estática ao mosto que irá fermentar em casco de carvalho e quando os açúcares atingem um valor abaixo dos 5 gramas por litro, efectua-se a primeira transfega. Nos últimos meses do ano procede-se à aguardentação, realizada com aguardente vínica.

O vinho licoroso (Biscoitos e Pico) tem um estágio em madeira com a duração mínima de 3 anos e apresenta uma graduação alcoólica não inferior a 16%. Os vinhos brancos produzidos na ilha Graciosa só podem ser engarrafados após um estágio mínimo de nove meses e deverão apresentar uma graduação alcoólica não inferior a 10,5%.

Os vinhos licorosos apresentam um aspecto límpido, encorpado, cor de ouro velho e aromas complexos, onde se destacam as especiarias. Os vinhos açorianos brancos são marcadamente frescos, secos, muito frutados e de aspecto límpido.

Por outro lado, o clima das ilhas não permite a produção de vinho tinto de qualidade idêntica à dos vinhos brancos: a baixa insolação origina vinhos de baixo teor alcoólico, com polifenóis relativamente baixos e com pouco potencial para o envelhecimento. Deste modo, a vinificação dos vinhos tintos é realizada de acordo com a produção de vinhos jovens.

Voltar ao mapa

 
English