A região vitivinícola da Madeira é essencialmente reconhecida por produzir um dos mais famosos generosos portugueses. Grande parte dos vinhos madeirenses são produzidos com as castas Tinta Negra Mole, Sercial, Verdelho e Malvasia.

O método tradicional de vinificação do vinho da Madeira é o de bica aberta, onde normalmente há a prensagem directa das uvas. No entanto, algumas empresas vinificam o Madeira através do método de curtimenta, quando prevêem que o vinho irá ficar muitos anos a envelhecer em madeira.

A maior parte dos vinhos são envelhecidos através do processo de estufagem. Este tenta reproduzir o efeito de sobreaquecimento que o vinho sofria nas viagens de barco realizadas durante a época das trocas comerciais marítimas. Hoje em dia, o vinho é colocado em estufas com boa exposição solar onde é submetido a temperaturas próximas dos 50º durante alguns meses. Outra técnica para realizar a estufagem é submeter o vinho a calor produzido através da circulação de água quente.

Em alternativa à estufagem há o canteiro, um processo de envelhecimento onde o vinho é aguardentado logo após a fermentação e posteriormente depositado em cascos de madeira para envelhecer. O vinho só poderá ser engarrafado após o terceiro ano de envelhecimento. Normalmente os vinhos envelhecidos através de canteiro permanecem em madeira durante muitos anos até serem engarrafados e comercializados.

Os vinhos da Madeira apresentam uma graduação variável (de 17 a 22%) e um teor de açúcar que pode apresentar valores de 0 até aos 150 gramas de açúcar por litro. O grau de açúcar é controlado no momento em que se interrompe a fermentação alcoólica através da adição de álcool vínico com o mínimo de 96%.

Existem essencialmente quatro grandes Vinhos da Madeira monovarietais. O Sercial é a variante seco, o Verdelho meio seco, o Boal meio doce e o Malvasia apresenta o grau de doçura mais elevado de todos os vinhos da Madeira.

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