A produção de vinho no Alentejo é extremamente característica e alguns produtores e engarrafadores ainda utilizam técnicas de vinificação ancestrais. É o caso da utilização de talhas (processo utilizado na época dos romanos) e da vinificação em lagares ou patamares de pedra ou cimento.

Os processos tradicionais de vinificação são utilizados por uma pequena percentagem de produtores e/ou engarrafadores e são poucos os vinhos disponíveis no mercado obtidos através destes métodos. Estes vinhos, especialmente os que passam por um processo de fermentação em talhas são muito característicos e têm sucesso comercial. No Alentejo este método é também utilizado para a elaboração de vinhos para consumo caseiro.

As modernas tecnologias de vinificação são utilizadas para produzir vinhos jovens e macios, carregados de cor, aroma e sabor. Os vinhos brancos, nomeadamente os monovarietais são sujeitos ao processo de maceração pelicular, ou seja, os bagos com pele são depositados em cubas com temperaturas controladas, durante 12 a 48 horas para se retirar todas as qualidades das películas dos bagos. 

A fermentação dos vinhos tintos alentejanos é realizada a temperaturas mais baixas do que em outras regiões vitivinícolas e o processo de fermentação maloláctica ocorre poucos meses após a vinificação.

Grande parte dos brancos alentejanos são consumidos no ano seguinte à colheita, por isso não são submetidos a estágio. Os vinhos tintos regionais não necessitam de passar por um período de estágio, no entanto os VQPRD normalmente são sujeitos a um pequeno estágio de 1 ou 2 anos em recipientes de inox, cimento, madeira ou vidro (garrafa).

Os vinhos brancos alentejanos apresentam baixa acidez, cor citrina e aspecto límpido. São intensamente perfumados e extremamente suaves. Os tintos são robustos, de cor intensa e muito aromáticos. Na boca apresentam-se aveludados e de sabor prolongado.

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