Na região dos Vinhos Verdes coexistem diferentes solos e tipos de climas que influenciam o estilo dos vinhos produzidos. Os vinhos Verdes apresentam características muito distintas dos vinhos produzidos em outras regiões, nomeadamente o seu característico gás carbónico.
A maior parte das castas utilizadas na produção de vinho Verde é cultivada exclusivamente na região, como por exemplo a casta Loureiro. Os encepamentos e os sistemas de condução são variáveis nas nove sub-regiões, por isso uma casta muito cultivada numa determinada região pode não ter expressão noutras sub-regiões.
O processo de vinificação inicia-se com a prensagem seguido da fermentação alcoólica que decorre sensivelmente entre os 12ºC e os 18ºC. Nos vinhos Verdes é comum realizar-se a fermentação maloláctica ou secundária. Esta fermentação é responsável pela existência do gás carbónico natural característico dos vinhos verdes e que lhes confere o tradicional “agulha”.
A região é essencialmente conhecida pela produção de vinho branco, apesar da produção de vinho tinto também ser relevante. A maior parte da produção de vinho verde tinto é consumida na região e produzida a partir das castas Vinhão, Borraçal, entre outras. Este vinho é carregado de cor, fresco e com aromas onde se sente notas de flores silvestres e especiarias.
Na sub-região de Monção é produzido o monovarietal Alvarinho, um dos vinhos mais famosos da região. Este apresenta cor citrina com reflexos palha e aromas frutados e florais. É um vinho de sabor persistente e que evolui para um bouquet distinto com o envelhecimento.
No litoral da região (sub-regiões do Cávado e Ave) e na sub-região de Lima predominam os vinhos brancos produzidos com a casta Loureiro. Estes caracterizam-se por um intenso aroma floral (notas de frésia e rosa), pela sua frescura e pelo seu corpo e estrutura equilibrada.
As castas com maior expressão na região são a Pedernã (Arinto) e a Azal, utilizadas na produção de vinhos de lote e que originam vinhos de cor citrina e aromas frutados.
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