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O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) assegurou hoje que as medidas fitossanitárias definidas para o combate à Flavescência Dourada da vinha têm sido tomadas em todo o país.
O gabinete do ministro acusou também a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) de estar "a alarmar os portugueses, fazendo acusações falsas", quando sustenta que o MADRP está "menosprezar um problema que pode ter consequências extremamente penosas para a viticultura portuguesa".
A Flavescência Dourada é provocada por um fitoplasma que se transmite naturalmente de uma cepa para a outra por intermédio de um insecto parecido com uma cigarra.
A doença, que foi detectada em algumas vinhas da Região dos Vinhos Verdes, provoca uma diminuição gradual do rendimento das vinhas e pode até levar à morte da videira em apenas três anos.
O ministério salientou em comunicado que se tem intensificado "o programa de prospecção do vector, com colocação de armadilhas para captura do insecto em vários pontos da região Norte, e da doença, com amostragem exaustiva de plantas de videira".
Acrescentou que tem sido dado "aconselhamento técnico de tratamento insecticida contra o insecto vector com os produtos homologados de acordo com circulares emitidas pelo Serviço Nacional de Avisos Agrícolas".
O ministério de Agricultura afirmou ainda que em Portugal se identificaram as primeiras plantas infectadas com Flavescência Dourada na região de Entre Douro e Minho e que, por isso, "por ser uma doença combatida com meios técnicos eficazes", o MADRP "elaborou as respectivas medidas de emergência para controlo e erradicação desta doença".
"Estas medidas envolvem igualmente o controlo do respectivo insecto vector, encontrando-se em fase de publicação a respectiva portaria regulamentar relativa às medidas fitossanitárias que deverão ser aplicadas no controlo e erradicação desta doença e do respectivo insecto vector", salienta o ministério.
Foram igualmente desenvolvidas acções de formação destinadas aos técnicos das associações vitícolas da região de Entre Douro e Minho no sentido de serem divulgadas as medidas de controlo fitossanitário aplicáveis a esta doença, refere o comunicado.
O presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, disse hoje à Lusa que a Flavescência Dourada da Vinha não vai afectar a produção deste ano de vinho verde.
"Não há motivo para alarme, desde que se proceda ao tratamento adequado", sublinhou, garantindo que este ano não é diferente dos anteriores.
"Há mais de dois anos que decorrem acções de formação junto dos viticultores da nossa região sobre as formas de combater esta doença", acrescentou.
Este ano a CVRVV prevê uma produção semelhante à de 2007, devendo ultrapassar os 60 milhões de litros, não se fazendo sentir qualquer efeito da doença da Flavescência Dourada. |
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