A Confederação dos Agricultores Portugueses está preocupada com a flavescência dourada que está a afectar vinhedos de vinho verde no Minho. Mário Abreu e Lima classifica a situação «grave extremamente preocupante».
A Confederação dos Agricultores Portugueses está preocupada com a praga conhecida como flavescência dourada e que está a atingir as vinhas de vinho verde em três concelhos do Minho e que poderá resultar na destruição de muitas destas culturas.
Ouvido pela TSF, Mário Abreu e Lima explicou que esta ameaça, veiculada por um insecto, é «séria e extraordinariamente preocupante, atendendo às consequências que porventura possa vir a traduzir-se nos vinhedos onde já foi detectada».
Este responsável da CAP adiantou que este vírus já matou algumas plantas destes vinhedos, o que o leva a supor que poderão vir a existir «contágios que podem ser exponenciais».
«É importante dizer também que esta preocupação obviamente aumenta quando se presume já a possibilidade de poder estar instalada nas regiões periféricas do Douro», acrescentou.
Mário Abreu e Lima, que comparou esta praga aos problemas que estão a afectar os pinhais portugueses, acusou o Ministério da Agricultura de pouco fazer contra a flavescência dourada.
Este dirigente da CAP lembrou que o ministério não tem feito uma informação geral sobre a gravidade deste problema e «começar a reconhecer esta situação como grave».
Mário Abreu e Lima diz mesmo que o ministério poderia «fazer inclusivamente uma detecção rigorosa das zonas de contágio e proceder obviamente a situações de arranque com as compensações aos agricultores».
Entretanto, o gabinete do ministro da Agricultura esclareceu que nas últimas reuniões que teve com a CAP este assunto nunca foi levantado.
O gabinete de Jaime Silva diz já ter elaborado as medidas de emergência de controlo e erradicação da doença e indicou já terem começado acções de formação para técnicos das associações vitícolas da região.
Mais informação sobre a Flavescência dourada:
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