Dois vinhos do Algarve mereceram o primeiro lugar na sua categoria em prova cega. Depois das oito medalhas conquistadas no reputado concurso Wine Masters Challenge, foi a vez dos néctares saídos da Quinta do Barranco Longo merecerem a recomendação de melhor escolha na conceituada garrafeira «Coisas do Arco do Vinho», em Lisboa.
Um dos vinhos de que se fala é o Barranco Longo Rosé 2007, que vence na sua categoria pelo terceiro ano consecutivo.
O Reserva 2005 também foi consagrado nos tintos, depois dos reservas da adega de Algoz terem alcançado o segundo lugar no ano passado e o primeiro há dois anos.
«Continuamos a provar que estamos ao nível dos melhores. Este tipo de provas cegas vencem qualquer preconceito», referiu Rui Virgínia, o proprietário da quinta, ao «barlavento».
Há cerca de três anos que a Quinta do Barranco Longo aposta nos mercados de referência para promoção dos seus vinhos. Já no início de Junho tinha promovido um almoço de degustação em Lisboa, com alguns dos jornalistas de referência na área.
O local escolhido foi o Restaurante VírGula, sobranceiro ao Tejo, junto ao Cais do Sodré. Rui Virgínia apresentou um a um os vinhos que compõem a produção deste ano, acompanhando-os meticulosamente pelas especialidades do chef Bertílio Gomes.
Para o vitivinicultor algarvio, trata-se de um modelo acertado de promoção, uma vez que «o mercado é encarado como um parceiro e as pessoas entendem que, não existindo distribuidor, o vinho vai da quinta directamente para o consumidor», disse.
Já no almoço de apresentação das exposições do programa «Allgarve», decorrido no sábado, em Faro, os galardoados chefs Koshina, Henrique Leis, Jans Rittmayer, Siegfried Danler-Heinemann e Wilham Wurger, responsáveis pelo sugestivo «Menu Degustação em Maridagem com Vinhos do Algarve» escolheram o Barranco Longo Branco 2007 Grande Escolha e o Reserva 2005 para acompanhar as suas criações.
Juntou-se-lhes ainda o estreante Rosé Xelb 2007, da Quinta de Mata Mouros, propriedade do empresário Vasco Pereira Coutinho, em Silves.
«As pessoas já reconhecem a qualidade do Vinho do Algarve e felizmente também da Quinta do Barranco Longo», acrescentou Rui Virgínia, que considera que, mesmo assim, ainda há «muito preconceito por desconhecimento».
É por isso que defende que «ainda há muito trabalho para fazer» no que respeita à promoção. No final do Verão tem assim já agendado mais um jantar de degustação de vinhos, a realizar num dos restaurantes de referência da região. |