Nove dos 11 elementos que integram o Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, entre os quais o vice-presidente, em representação dos produtores e presidente da Casa do Douro, já bateram com a porta.
Em causa, estão segundo apurou o JN, "sucessivos desentendimentos com o presidente do IVDP e do Conselho por inerência, Jorge Monteiro" . Os conselheiros consideram "não haver condições mínimas para defesa do sector" e, por isso, enviaram àquele responsável cartas de demissão.
Manuel António Santos mostra-se, no entanto, "disponível para ajudar a repor a normalidade logo que possível, solicitando a indicação de novos representantes que aceitem o mandato apesar dos condicionalismos, problemas e conflitos existentes". O presidente da Casa do Douro acrescentou que "o interprofissional é absolutamente necessário mas não nos moldes que funciona actualmente".
Já o presidente do IVDP disse à Lusa que os nove representantes da produção que se demitiram "só o fizeram porque já tinham chumbado por faltas".
O conselho interprofissional do IVDP é formado por 23 elementos. Preside ao órgão, o presidente do instituto, Jorge Monteiro, e dos restantes 22 lugares cabem 11 à produção, com vice-presidência entregue a Manuel António Santos, da Casa do Douro; e outros 11 ao comércio, com a vice-presidência a cargo de Jorge Sandeman. Os representantes da produção são escolhidos por maioria pela comissão Permanente da Casa do Douro, constituída por 31 membros. Renunciaram ao mandato Manuel António Santos, Sousa Pinto, António Breia, António Januário, Monteiro Maria, Paulo Dolores, Joaquim Monteiro, José Leonardo e José Ribeiro. Restam apenas os conselheiros designados pela AVEPOD - Associação de Produtores e Engarrafadores, Morais Vaz e Maria Serpa Pimentel, que deverão ser destituídos em breve face ao decreto-lei 278/2003, que determina nos estatutos da Casa do Douro a forma como são nomeados. |