Casa do Douro e Global Wines adiam conclusão do negócio
Agroportal | 08-05-2008

O prazo estabelecido para a conclusão do negócio de venda de parte das acções que a Casa do Douro (CD) detém na Real Companhia Velha (RCV) à Global Wines foi prorrogado até ao final de Maio, disse hoje fonte ligada à empresa.

O Conselho Regional de Vitivinicultores aprovou, em Janeiro, a venda de 51 por cento das acções que a CD detém na RCV, à Global Wines, uma holding formada em Dezembro de 2007 e que tem como principal accionista a Dão Sul - Sociedade Vitivinícola, SA.

A proposta teria que ser ratificada pelo conselho em 90 dias, prazo que, segundo um dos dirigentes da Global Wines, Casimiro Gomes, foi prorrogado até ao final de Maio.

Contactado pela Lusa o presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, apenas disse nada ter a acrescentar.

Nenhuma das partes quis avançar os motivos que estão a dificultar a concretização do negócio que permitiria ao organismo representativo da lavoura duriense reduzir a dívida de 20 milhões de euros para 80 a 85 milhões de euros.

A Global Wines propôs-se adquirir dois milhões e quarenta mil de um total de quatro milhões de acções a que correspondem 40 por cento do capital social daquela empresa, adquiridos pela CD em 1990 por 48 milhões de euros.

A proposta apresentada pela direcção da CD ao conselho, implicava também a parceria numa nova empresa.

Se o negócio for concluído, a Casa do Douro mantém-se como accionista minoritário da RCV, sendo intenção da empresa a criar desenvolver actividades de enoturismo, aproveitando edifícios da Casa do Douro e da RCV.

Além do negócio de vinhos, que integra quintas no Douro, Dão, Bairrada, Alentejo e Estremadura, a Dão Sul possui ainda a Vinibrasil (no Estado brasileiro de Pernanbuco), através da qual obtém duas produções de vinho por ano, dedicando-se ainda ao enoturismo.
 
 
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