Abrir os museus do vinho ao grande público, estudar arquitecturas comuns e garantir uma maior interacção entre vinho e cultura, através do turismo e do eno-turismo, foram algumas das conclusões tiradas do I Congresso Ibérico dos Museus do Vinho, que decorreu no Museu Rural e do Vinho do Cartaxo, entre 28 e 30 de Abril.
Com a presença de cerca de uma centena de especialistas portugueses e espanhóis nos três dias, debateu-se também o jornalismo, a gastronomia e ficou em aberto a proposta espanhola de criação do Atlas do Vinho e de um Dia Ibérico do Vinho.
A presidente da Associação dos Museus do Vinho de Espanha, Maria del Rocio, considera que faz todo o sentido que os museus do vinho de Portugal e Espanha trabalhem em conjunto. “É importante definir arquitecturas, apostar no turismo e definir e forma como educar e vender os museus. Ficaram muitas soluções para os directores técnicos de museus puderem explorar”, referiu a responsável espanhola.
O director do Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo e anfitrião do congresso, salientou que o maior desafio que se lança a ambas as realidades é estar mais perto do público e das populações. “Têm que dar resposta às suas preocupações e não estar fechados entre quatro paredes, para que as pessoas nos digam o que querem. Irem ao territórios, às quintas, promover o que existe no concelho, ajudá-las a abrir portas no campo do turismo”, opina António Nabais. Acrescentando que em parceria com os museus do vinho de Espanha todos serão mais fortes. |