Os presidentes das adegas de Lagoa e Lagos decidiram unir esforços e preparam a fusão das duas cooperativas numa só estrutura – a Adega do Algarve.
O protocolo foi formalizado esta quinta-feira, em Lagoa, na presença do ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Jaime Silva, que esta semana fez um périplo às principais estruturas agrícolas do Algarve.
O concelho de Lagoa é, de acordo com o estudo prévio apresentado pela Direcção Regional de Agricultura do Algarve, o melhor local para ser instalada a nova unidade produtiva.
Este esforço conjunto das cooperativas é justificado pelo facto de estas duas entidades terem constituído, ao longo do último século, o principal meio de escoamento das uvas da região do Algarve.
Junta-se a esta razão o facto de o vinho ser o principal produto certificado da região.
Nos últimos dez anos, e só nas áreas sociais das duas adegas, foram reestruturados cerca de 438 hectares de vinhas, aumentando para 800 há a área vitivinícola de grande capacidade produtiva.
Na globalidade, as duas cooperativas contam cerca de três centenas de sócios e são responsáveis pela laboração de mais de três quartos da produção de vinho regional.
Unidade terá gestão profissionalizada
No documento assinado, as direcções das duas adegas acordaram, entre outros pontos, que o transporte da uva – das explorações até à nova unidade – deverá ser assegurado e suportado pela nova entidade, de modo não sobrecarregar os viticultores com os custos gerados pela nova localização.
No acordo, a que o barlavento.online teve acesso, lê-se ainda que a gestão da nova unidade será assegurada por uma equipa profissional, de modo rotativo pelas duas adegas.
O investimento a realizar por cada uma das entidades será proporcional à quantidade de uva laborada, com base na média dos últimos quatro anos. |