O ministro da Agricultura visita a região Centro em Fevereiro, à procura de um entendimento para a constituição de uma única entidade certificadora para os vinhos aqui produzidos.
O ministro da Agricultura reuniu-se em Lisboa com as comissões vitivinícolas regionais (CVR) da região Centro. Tal como tinha anunciado na visita realizada a Moimenta da Beira, no dia 11 da Janeiro, Jaime Silva procura um entendimento entres as CVR do Távora-Varosa, Bairrada, Dão e Beira Interior para que seja constituída uma única entidade certificadora para a futura região Beiras ou Centro.
Num encontro que durou cerca de duas horas, o ministro voltou a reafirmar as vantagens da união. "O Centro tem de se unir para ganhar escala, dimensão e sustentabilidade financeira", tem dito o governante. Também falaram os representantes das CVR, mas não houve qualquer entendimento.
Jaime Silva, que tem na secretária duas candidaturas, do Dão e da Bairrada, para a constituição da entidade certificadora única, pediu ao presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) para as analisar e emitir um parecer sobre essas mesmas candidaturas.
Já na posse desse parecer, anunciou que virá visitar a região Centro, durante o mês de Fevereiro, tendo agendado para essa altura um novo encontro com as CVR, onde disse pretender encontrar uma solução. Este é um processo que se arrasta há anos e em que o braço-de-ferro entre Dão e Bairrada tem travado o entendimento. A região do Dão, pelo elevado número de produtores e de produção, teria direito a uma maioria, no futuro conselho geral, o que não agrada às restantes regiões. Por outro lado, os responsáveis região do Távora – Varosa têm dado sinais de que estariam interessados em integrar a entidade certificadora do Douro.
Segundo Valdemar Freitas, presidente CVR do Dão, a candidatura apresentada cumpre todos os requisitos estabelecidos na lei, "já que abrange todo o espaço geográfico do Centro". Sobre a candidatura da Bairrada, diz que as informações disponíveis apontam para "um agrupamento da Bairrada e Beira Interior, deixando de fora a possibilidade da entrada para o Dão", facto que, segundo Valdemar Freitas, não vai de encontro aos objectivos da lei, que define as regras para as novas entidades certificadores, reafirmando a vontade para que seja constituída uma única entidade certificadora para toada a região Centro. |