O ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, deixou ontem uma palavra de optimismo em relação ao futuro do vinho Verde aos dirigentes das adegas cooperativas e produtores dos concelhos de Monção e Melgaço, que com ele reuniram no âmbito de um périplo que o governante está a realizar esta semana pelo território da Direcção Regional de Agricultura do Norte.
Na região berço do famoso Alvarinho, Jaime Silva garantiu que "o vinho verde não é um vinho menor" no contexto da produção vitivinícola nacional e abriu portas à discussão de estratégias para colocar aquele produto numa melhor posição de mercado, aproveitando o fluxo de 71 milhões de euros de fundos comunitários que serão disponibilizados ao longo dos próximos setes anos para o sector. O vinho e a vinha "são uma fileira prioritária" da tutela e a promoção destes constitui, segundo o ministro, a maior aposta.
"O mercado dos vinhos verdes está-nos a ajudar este ano e, portanto, temos razões para estar optimistas e para pegar nos problemas que temos, enfrentá-los, reestruturar o que há para reestruturar nas adegas e com o novo instrumento da promoção pormos o vinho verde bem, como um vinho parente igual entre os grandes vinhos nacionais", declarou ontem Jaime Silva perante os cerca de duas dezenas de dirigentes e produtores de vinho verde, com quem reuniu na Casa do Curro de Monção. O governante afirmou que é a altura de "balizar preocupações e os 'timings' para as decisões, ouvir as pessoas sobre os problemas a nível regional, como é que encaram os novos desafios e como é que se pode dar um salto qualitativo". O trabalho de fundo com os diversos actores terá de ser efectuado até Agosto deste ano, altura em que deverá entrar em vigor a implementação nova Reforma do Vinho. |