Produção de vinho abaixo dos 6 milhões de hectolitros
Diário Digital | 18-10-2007

A produção vinícola portuguesa deverá situar-se próxima dos 5.819 mil hectolitros, cerca de quatro quintos da produção registada em 2006, indica esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) nas previsões agrícolas de Setembro.

O INE espera acréscimos de produção das culturas arvenses de Primavera/Verão e para quebras nos pomares de frutos frescos e de casca rija.

As previsões apontam para um incremento de 15% na produtividade do milho de regadio, enquanto a produtividade do kiwi deverá permanecer inalterada, «apresentando os frutos boas conformações e calibres regulares».

Nos frutos de casca rija, o INE estima quebras de produtividade na castanha (-10%) e avelã (-30%), que deverá registar «uma das piores colheitas dos últimos anos».

Para os cereais de Primavera/Verão prevê-se, relativamente à campanha passada, acréscimos nas produções de milho de sequeiro (+10%) e do arroz (+5%).

A colheita da batata de regadio encontra-se praticamente concluída, prevendo-se um aumento de produção na ordem dos 5%, acrescenta o INE.

A produção de tomate para indústria deverá atingir as 1 050 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 7%, enquanto no girassol a produção deverá ascender a 16 mil toneladas, «o que se traduz num acentuado acréscimo (+400%), em consequência da contratualização das superfícies cultivadas por empresas produtoras de biodiesel».

Nos pomares de pomoideas, maçã e pêra, confirmam-se as perspectivas de quebra na produção (-20%), face à campanha passada, enquanto que para o pêssego prevê-se um decréscimo menos acentuado (-10%). Na amêndoa, a quebra na produção deverá rondar os 10%.

Os «graves problemas fitossanitários e acidentes fisiológicos que determinaram quebras significativas de produção na vinicultura. Prevê-se assim uma produção de vinho a rondar os 5 819 mil hectolitros, o que representa uma quebra de 20% relativamente à campanha anterior e de 17% face à média do último quinquénio. A previsão de produção de uva de mesa aponta para um decréscimo de 5%, devendo situar-se nas 50 mil toneladas.

 
 
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