A produção de vinho de castas europeias (Vitisvinifera) nos Açores deverá ser de cerca de 334 mil litros na campanha 2007/2008, mais cerca de quatro mil litros ou 1,2% que a verificada na anterior, indicam estimativas oficiais.
De acordo com dados da direcção regional dos Assuntos Comunitários da Agricultura (DRACA) a que a agência Lusa teve acesso, o aumento deve-se a uma maior produção, de cerca de 20%, na ilha Graciosa, que beneficiou de condições climatéricas favoráveis.
Os dados indicam que, na ilha Graciosa, deverão ser produzidos cerca de 22.152 litros de vinho, na ilha Terceira cerca de 7.700 litros e na ilha do Pico cerca de 304 mil litros.
Os técnicos regionais referem que a manutenção dos valores das colheitas na ilha Terceira se devem «aos ventos marítimos que se fizeram sentir no final de Abril e início de Maio, que terão afectado a floração».
No caso do Pico, ainda que se tenham verificado «boas condições climatéricas durante todo o ciclo vegetativo da videira, verifica-se uma ligeira diminuição na produção das castas europeias brancas, compensada com um ligeiro aumento nas castas tradicionais VLQPRD» (Verdelho, Arinto e Terrantês).
Nos Açores existem, nas ilhas Terceira, Graciosa e Pico, três regiões demarcadas para a produção de vinho, que comercializam cerca de duas dezenas de marcas de vinhos de mesa, licoroso e regional oficialmente reconhecidas.
As vinhas de castas europeias ocupam 17% da área de produção total, segundo dados da CVR-Açores.
A região produz ainda, com a autorização europeia até 2013, vinho de castas de produtores directos (vinho de cheiro), cuja produção, este ano, será inferior à do ano passado (1,8 milhões de litros), motivada pela continuação da reconversão das vinhas. |