A produção de vinho deverá cair 10% este ano e os preços deverão subir.
Estas são as estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ontem divulgadas e confirmadas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), adianta o «Diário de Notícias». Este organismo revelou ao mesmo jornal que a quebra de produção foi provocada «por condições climatéricas adversas» e não descarta um aumento dos preços do vinho em consequência da menor oferta de uvas dos produtores para as adegas vitivinícolas.
O IVV deverá ainda esta semana divulgar as suas previsões de colheita de uvas, mas os dados já em seu poder apontam para quebras «relativamente generalizadas em todo o país», de acordo com António Rego, presidente do organismo que tutela a vinha portuguesa. «Parece não haver dúvidas», sobre a quebra na vinha, com a, em comparação com a campanha de 2006. «Não sei se será menos 10%», como divulgou o INE, «ou ainda menos», acrescenta António Rego.
A baixa produção é justificada pelas más condições climatéricas, com a ocorrência da queda de granizo, o que destrói o fruto, em algumas zonas do país. A chuva favoreceu a cultura, «num determinado ciclo da produção» mas a persistência da elevada humidade atmosférica «propiciou o aparecimento de doenças», como o míldio e o oídio, explica o presidente do Instituto da Vinha. Também o INE faz referência «ao mau vigamento dos frutos» (uvas) e «sintomas de fortes ataques de míldio, oídio e podridão» nos cachos. |