Baixo Alentejo deve apostar em «lojas temáticas» para promover gastronomia e vinhos
O grande potencial alentejano
O Primeiro de Janeiro | 14-07-2007

Um estudo do IPDT revela que o vinho e gastronomia alentejana são os produtos que mais atraem turistas ao Baixo Alentejo. O mesmo estudo aponta a criação de lojas turísticas e «wine-spas» como forma de rentabilização do potencial turístico da região.

A gastronomia e os vinhos são os produtos que mais atraem visitantes ao Baixo Alentejo, revela um estudo ontem apresentado em Beja que propõe a criação de “lojas turísticas” e centros de vinhoterapia para desenvolver o turismo. Através de uma cadeia de “lojas comercias para turistas”, os visitantes podem adquirir, além dos produtos típicos, “ofertas estruturadas” para participar em actividades de produção de vinho ou confecção de pratos, que poderão degustar antes de entrar nos restaurantes e adegas.

Os centros de vinhoterapia, conhecidos como “wine-spas” e onde são oferecidos tratamentos corporais com produtos à base de vinho, vão permitir “aliar” a “qualidade” dos vinhos da região a um outro produto turístico – saúde e bem-estar”. O «Estudo de Caso» que sugere um plano estratégico de marketing para a Região de Turismo Planície Dourada (RTPD), que engloba os 14 concelhos do distrito de Beja, foi elaborado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT).

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IPDT, Jorge Costa, explicou que o plano pretende “afirmar a RTPD como um destino turístico gastronómico e vinícola”. A “maior parte” dos turistas que visitam o Baixo Alentejo (mais de 70 por cento), “procuram, sobretudo, o património gastronómico e os vinhos da região”, salientou o responsável. “São turistas portugueses, com idades entre os 25 e os 50 anos, sensíveis à qualidade e que estão dispostos a gastar mais dinheiro na excelência e na autenticidade dos produtos típicos”, precisou.

A gastronomia, salientou, “é um dos melhores cartões de visita” do Baixo Alentejo, indicando os exemplos do azeite, dos queijos, presunto, enchidos, mel e dos pratos confeccionados à base de carne de porco alentejano. Para “rentabilizar” o “potencial turístico” da gastronomia e do vinho, o estudo, além da cadeia de “lojas para turistas” e dos «wine-spas», sugere também a criação de roteiros temáticos organizados e dedicados à gastronomia, ao vinho, às tradições e às ofertas turísticas de cada um dos concelhos da RTPD. Jorge Costa salientou ainda a “importância decisiva” do futuro aeroporto de Beja aliado aos empreendimentos turísticos previstos para a zona de Alqueva, que considerou a “frente de mar” do Baixo Alentejo e um “factor dinamizador” do turismo náutico, “uma oferta em franco crescimento na região”.

 
 
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