A Companhia das Quintas comprou a Quinta de Pancas, um "encaixe estratégico" realizado através de troca de acções entre os proprietários das duas empresas, afirmou hoje o seu presidente.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Melo Azevedo explicou que "a lógica do negócio não é de volume" de produção, embora a integração da Quinta de Pancas implique um acréscimo de 10 por cento da facturação.
Trata-se de "mais um passo" no crescimento da Companhia das Quintas que é actualmente uma das 15 maiores empresas vinícolas nacionais e tem como objectivo estar entre as sete mais representativas dentro de cinco anos, aponta.
A operação, que culmina um longo processo de conversações, desde 2000, visa "aproveitar sinergias, devido à proximidade física das duas empresas, e seguir uma gestão integrada, possibilitando redução de custos em cerca de 25 por cento", na Quinta de Pancas, segundo Miguem Melo Azevedo.
Após a aquisição, os actuais accionistas da Quinta de Pancas passam a ser accionistas da Companhia das Quintas.
A integração da Quinta de Pancas vai permitir aumentar a eficiência, um factor importante para "enfrentar a concorrência" e que tem levado muitos pequenos produtores a juntarem-se.
Sem avançar valores para o negócio, Miguel Melo Azevedo prefere frisar a complementaridade entre as duas empresas, em termos de produtos, e de mercados de exportação.
A Quinta do Pancas, cuja capacidade de produção ronda 600 mil garrafas por ano, tem um posicionamento de preço mais elevado que a Companhia das Quintas, passando a ser a sua marca mais cara.
"É uma marca de prestígio e com reconhecimento", refere o presidente da Companhia das Quintas.
Em 2005, as vendas da Companhia das Quintas cresceram 17,8 por cento face a 2004, para 11,6 milhões de euros.
A empresa tem produção nas regiões do Douro, Beiras, Bairrada, Bucelas, Palmela e Alentejo, com marcas como Prova Régia, Quinta da Romeira, Farizoa, Borlido e Amarguinha. |