Há quatro candidatos para substituir a Sogrape no grupo dos sete grandes do sector dos vinhos em Portugal, conhecido como G7. As candidaturas vêm do Norte e do Sul do País e, embora a escolha seja feita ainda este ano, a entrada efectiva no grupo só acontece em 2008.
Ano em que o presidente do G7 há 15 anos, Paulo Amorim, deverá já ter abandonado o cargo para abrir uma empresa com um enólogo conhecido e um industrial do sector.
São quatro os candidatos a substituir a Sogrape no G7 - grupo dos sete maiores produtores de vinho nacionais, entretanto reduzido a seis. Recorde-se que a Sogrape, um dos fundadores e maior produtor de vinho no País, abandonou o grupo em Janeiro último por deixar de se rever no projecto. Segundo explicou ao "Semanário Económico" Paulo Amorim, há 15 anos presidente do G7, a escolha do substituto será feita ainda este ano mas a adesão formal só ocorrerá no próximo, por questões de ordem burocrática - ou seja, fechar os programas promocionais apoiados por Bruxelas. "Para o ano arranca um novo programa e será mais fácil entrar um novo membro", explica o também vice-presidente da ViniPortugal. O coordenador do projecto diz haver um compromisso no sentido de não serem revelados os nomes, limitando-se a dizer que na corrida estão casas do Norte e Sul do País (Alentejo). O escolhido juntar-se-á às Caves Aliança, José Maria da Fonseca, Aveleda, Bacalhôa, Messias e Finagra, empresas com grande peso nas vendas de vinho luso no estrangeiro.
A outra novidade será o provável abandono de Paulo Amorim da coordenação deste agrupamento do qual foi fundador, informação que não comenta. Ao que o "Semanário Económico" apurou, junto de fontes do sector, ainda este ano Paulo Amorim deverá abandonar o cargo e tornar-se, ele próprio, produtor. Espera-se que ainda este Verão constitua uma empresa própria, em conjunto comum conhecido enólogo e uma pessoa da indústria.
O abandono do G7, um grupo eminentemente, estratégico para o sector, acontece também para evitar o exercício de funções potencialmente incompatíveis. Paulo Amorim, 49 anos, é uma cara incontornável do sector. Trabalhou duas décadas na Aveleda, acumula a presidência do G7 com a da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas e a vice-presidência da ViniPortugal. Desde a saída da Sogrape deste grupo que tem estado envolvido em alguma polémica. Comentou-se no sector que tal decisão resultou de Paulo Amorim ser o provável representante de Joe Berardo - já dono da quinta da Bacalhôa - na Sogrape, onde o empresário madeirense adquiriu 35% do capital à família Carmo. Com esta aquisição, Berardo gorou o projecto de consolidação da família Guedes, que ainda controla a Sogrape. Mas Amorico acabou por nunca representar Berardo e, apesar de ter recebido "vários convites", recusou-os.
Vinhos com selo de mérito
Herdade Grande, Quinta da Lisa, Vértice, são apenas três da lista de 25 vinhos que vão ter um selo de mérito em três mercados preferenciais: Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. Estes foram os vinhos considerados adaptados ao gosto dos consumidores destes países por um júri deles oriundo. A ViniPortugal espera que o selo seja uma vantagem competitiva. Esta associação pediu ao Governo que oficialize o Dia do Vinho (1 de Julho) que será comemorado na Praia de Leça da Palmeira, em Matosinhos e no Palácio da Bolsa, no Porto. Em Lisboa, os agentes económicos contactados não aderiram à ideia. |