Turista deste segmento tem um gasto médio superior a quem procura a praia e é mais exigente. Países Nórdicos e Alemanha são os mercados de origem mais interessados nas tradições do vinho.
O turismo associado ao vinho é um mercado com um potencial de crescimento na Europa e no Mundo na ordem dos 7 a 12% ao ano, referência que a ViniPortugal - Associação Interprofissional para a Promoção dos Vinhos, considera poder aplicar-se igualmente a Portugal, face à oferta e procura crescentes.
Já muito desenvolvida noutros países com tradição vitivinícola, como França, Espanha e o estado da Califórnia, nos EUA, a modalidade ainda dá os primeiros passos em Portugal, com maior expressão nas regiões dos vinhos Verdes, do Alentejo e do Douro, de que damos alguns exemplos nesta página.
"Há cada vez mais investimentos no enoturismo", na perspectiva de proporcionar ao visitante conhecimentos variados, que vão desde a produção do vinho à gastronomia, assume Dora Simões, directora-geral da ViniPortugal.
Aliás, o perfil do viajante deste tipo de segmento corresponde a pessoas com um grau de exigência informativa acima da média, além de terem um gasto média na sua visita ao local na ordem dos 150 a 450 euros, acima também do consumo médio do turista que procura, por exemplo, o segmento de Sol e Praia.
Daí que os países alvo para o enoturismo nacional, onde interessa cativar turistas, são os do Norte da Europa, de um modo geral, e a Alemanha, em especial, prossegue Dora Simões.
E pra responder às exigências deste tipo de turista, apostar na diferença é importante, mas não só. A dirigente da ViniPortugal aponta como elementar a "boa formação" dos recursos humanos, para garantir uma recepção adequada dos turistas.
Uma unidade de enoturismo deve ter como oferta mínima uma adega, a sala de provas e, desejavelmente, uma loja para os produtos da própria empresa. Uma boa coordenação com a hotelaria e restauração regional é outro dos requisitos a ter em conta. Dora Simões acrescenta que este tipo de unidades tem a vantagem adicional de contribuir para fidelizar clientes, promover a própria marca e servir de laboratório para testar o consumidor.
Consciente da importância desta modalidade de turismo, a ViniPortugal desenvolveu em 2006 um programa de formação dirigido aos agentes económicos interessados em abrir uma unidade, acção a que tenciona dar continuidade no futuro. |