O presidente do Partido Nova Democracia (PND), Manuel Monteiro, defendeu hoje a utilização dos vinhos excedentes do Douro para a produção da aguardente utilizada no Vinho do Porto, que actualmente é feito com aguardentes estrangeiras.
O responsável político, que falava no Peso da Régua, distrito de Vila Real, considerou que não é legítimo chamar Vinho do Porto a um produto cujas "componentes em muitas circunstâncias já não são nacionais".
"Se o Estado permite que aguardente estrangeira seja utilizada para o fabrico do Vinho do Porto, como é que admite que se continue a chamar Vinho do Porto, quando a aguardente pode ser italiana ou espanhola", questionou o presidente do PND.
Na sua opinião, devia ser obrigatório utilizar os vinhos excedentes da região para destilar para Vinho do Porto, uma reivindicação antiga da Casa do Douro.
Monteiro acrescentou ainda que a "única forma de demonstrar ao consumidor que o Vinho do Porto, produzido na Califórnia, não é igual ao vinho do Porto do Douro, é fazer com que o Vinho do Porto do Douro seja efectivamente fabricado no princípio, no meio e no fim com produtos do Douro".
No próximo domingo, Manuel Monteiro regressa ao Peso da Régua para participar numa vindima, contactar directamente com os produtores e acompanhar a entrega da uva na adega. |