A superfície vitícola mundial poderá atingir os 8 milhões de hectares em 2010, de acordo com estimativas das autoridades espanholas do sector que referem que Portugal acolhe cerca de 3,15 por centro da superfície actual global.
Os dados foram comunicado pelo director-geral do Gabinete Internacional da Vinha e do Vinha (OIV), Federico Castellucci, no decurso do 29º Congresso Mundial da Vinha e do Vinha que reúne até sexta-feira cerca de 600 especialista de 40 países em Logroño.
Castellucci referiu que dados de 2005 mostram que a superfície global de vinha atingia já os 7,9 milhões de hectares, mais 13 mil que em 2004, podendo crescer para mais de 8 milhões dentro de quatro anos.
As estatísticas actuais da OIV referem que 59 por cento da superfície está na Europa, 22 por cento na Ásia, 12 por cento na América, cinco por cento em África e dois por cento na Oceânia.
A nível nacional, a maior superfície vitícola está em Espanha (1,1 milhões de hectares ou 14,8 por cento), seguindo-se a França com 890 mil hectares (11,21 por cento), a Itália com 847 mil (10,66 por cento), a Turquia com 570 mil hectares (7,18 por cento) e a China com 487 mil hectares (6,13 por cento).
Os Estados Unidos com 399 mil hectares (5,02 por cento), o Irão com 296 mil hectares (3,735 por cento), Portugal com 250 mil hectares (3,15 por cento), a Roménia com 218 mil hectares (2,74 por cento) e a Argentina com 217 mil hectares (2,73 por cento), completam a lista.
Segundo a OIV são no entanto a Itália, a França e os Estados Unidos que em 2005 produziram o maior volume de uvas, com a produção de vinhos no ano passado a atingir os 277 milhões de hectolitros, menos 22 milhões que em 2004.
Portugal é indicado como o décimo país do mundo a nível de consumo de vinhos, numa lista encabeçada pela França, Itália, Estados Unidos e Alemanha.
A Alemanha e o Reino Unido foram no ano passado os maiores importadores de vinho, e Portugal foi o novo exportador, numa lista encabeçada pela Itália, Espanha, França e Austrália. |