A reforma proposta pela Comissão Europeia para o sector do vinho deverá ser decidida apenas no segundo semestre de 2007, durante a presidência portuguesa. O tema foi debatido ontem, em Bruxelas, mas os ministros da Agricultura da União Europeia não chegaram a acordo.
A polémica reforma do sector do vinho proposta pela Comissão Europeia foi um tema dominante da reunião dos ministros da Agricultura dos 25, ontem, em Bruxelas. Apesar do debate, não há consenso entre os países em pontos fundamentais da reforma.
A nova reforma prevê a proibição da adição de açúcar no fabrico do vinho, mas este ponto merece o desacordo da Alemanha, à frente da presidência dos 25 no primeiro semestre de 2007.
A Comissão Europeia propõe também o arranque de 400 mil hectares de vinha, mas os principais produtores da União Europeia (Espanha, França, Itália e Portugal) contestam a medida.
O ministro da Agricultura português lembra que a medida é desadequada à realidade portuguesa. Por isso, defende Jaime Silva, a reforma deverá ter em conta as características de cada país.
A comissária europeia tem outras preocupações. Mariann Fischer Boel diz que é importante garantir a sustentabilidade do sector. “Se nada fizermos podemos criar grandes problemas a nível social”, defendeu a comissária.
A realização de eleições gerais em França também poderá ter contribuído para o adiamento de uma decisão. |