O julgamento de 112 arguidos acusados de falsificar vinho do Porto, fraude fiscal e contrafacção de selos começa hoje em Lamego rodeado de fortes medidas de segurança.
A primeira sessão do designado caso Douro Negro tem início marcado para as 10:00, no pavilhão do Complexo Desportivo de Lamego, uma vez que o Tribunal da Régua não apresentava condições de espaço e de segurança para receber os 112 arguidos (80 pessoas e 32 empresas), 72 advogados e 201 testemunhas de acusação.
Para a realização deste mega-julgamento foram tomadas fortes medidas de segurança e o acesso ao Monte Santo Estêvão, onde está localizado o pavilhão, ficará restrito e com vias cortadas ao trânsito normal.
O caso remonta a Novembro de 2002 e resultou de uma investigação da Brigada Fiscal da GNR que detectou um esquema de falsificação de selos do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP) e de fuga aos impostos relativos ao comércio de vinhos do Porto, numa fraude que ronda os 3,5 milhões de euros.
Os arguidos são acusados de associação criminosa, falsificação de documentos, favorecimento pessoal e crime contra a genuinidade, qualidade ou composição de géneros alimentícios e aditivos alimentares e introdução fraudulenta no consumo. |