As grandes marcas estão a escolher o treinador de futebol José Mourinho para as suas campanhas de publicidade. A American Express foi a primeira mas, após a estreia do técnico do Chelsea, são agora muitas as empresas que cobiçam a imagem do treinador. A mais recente é a Associação Portuguesa de Cortiças (APCOR) que quer Mourinho a dar a cara pelas rolhas portuguesas.
A campanha internacional de cortiça vai arrancar em Março, e visa promover um sector, onde Portugal é o maior produtor mundial. Mourinho vai, assim, tentar ajudar a APCOR a travar o crescimento da utilização de vedantes de plástico e de alumínio nas garrafas de vinho. Esta campanha vem contrariar opiniões como, por exemplo, as de Bill Gates, presidente da Microsft, que é um dos maiores investidores mundiais no fabrico de rolhas de plástico, tendo em 2002 lançado uma ofensiva contra a cortiça, por considerar um método pouco higiénico.
A campanha internacional da APCOR vai custar 3,2 milhões de euros, sendo que 2,8 milhões de euros serão pagos pela Associação e 323 mil pelo Governo, através do ICEP, segundo avançou o ”Correio da Manhã”.
O treinador mais famoso do mundo recebe habitualmente 500 mil euros pela publicidade que passa num único país, e um milhão de euros pelos ‘spots’ internacionais. A Adidas pagou 4,3 milhões de euros, num contrato de quatro anos, para o treinador promover o equipamento desportivo da marca.
Duas vezes cara do BPI
Está no ar desde 4 de Janeiro a segunda campanha publicitária de José Mourinho para o BPI. “Porque se não fosse para ganhar” é a nova assinatura, tendo sido abandonado o anterior ‘slogan’ “Ganhe como eu”. José Mourinho assinou em Julho um contrato de um ano com o BPI, recebendo uma verba estimada entre os 500 e os 750 mil euros. A campanha mais recente (tal como a primeira) está presente na televisão, rádio e imprensa, internet, ‘mupies’ e ainda nos balcões do banco.
Contrato da Samsung através do Chelsea
O contrato do Chelsea com a Samsung, patrocinadora oficial do clube inglês trouxe a Mourinho mais um contrato publicitário. O treinador foi usado no lançamento de alguns telemóveis da marca na Europa. No ‘spot’, José Mourinho é um olheiro que encontra um jogador na rua, e utiliza o telemóvel para captar imagens do mesmo e assim convencer os dirigentes do clube. A campanha teve um investimento de produção de 1,5 milhões de euros. O patrocínio da Samsung aos ‘blues’ ascende a 75 milhões.
A globalização com o American Express
“A minha vida é estar um passo à frente”, afirmava Mourinho no anúncio ao cartão de crédito American Express, cujo guião ele mesmo terá ajudado a escrever. Este não foi o contrato mais proveitoso para ele – cerca de 500 mil euros – mas garantiu-lhe uma projecção ainda maior do que a que tem no Chelsea. A campanha da American Express, de expressão global, teve como protagonistas pessoas consideradas “excepcionais”. José Mourinho junta-se assim ao actor Robert DeNIro, ao surfista Laird Hamilton, e aos tenistas Andy Roddick e Venus Williams. |