Indústria certificada por normas de segurança alimentar
Diário Económico | 24-01-2006

A indústria portuguesa de cortiça está, cada vez mais, empenhada em adequar a sua produção às mais rigorosas práticas no que toca à segurança alimentar.

Isto porque, o vedante rolha de cortiça tem uma importância fundamental no que toca à produção de vinhos e bebidas, uma vez que, tal como a garrafa, está em contacto permanente com o alimento que é o vinho. A rolha de cortiça segue, por isso, todos os princípios que assegurem a segurança e higiene do produto, de modo a garantir a perfeição do alimento. 

Para além do Código Internacional de Práticas Rolheiras e o respectivo sistema de acreditação, o Systecode, que obriga as empresas a adequar as suas práticas tendo em conta as regras e indicações da segurança alimentar, há muitas empresas que têm recorrido a vários sistemas de certificação alimentar para reforçar as práticas já preconizadas. 

A mais recente certificação na indústria da cortiça no âmbito da segurança alimentar tem que ver com a norma ISO 22000:2005, que foi emitida pela Associação Portuguesa de Certificação (Apcer) a uma empresa do sector. Registe-se que esta certificação foi obtida em Portugal, pela primeira vez, por uma empresa de cortiça, o que demonstra a forte preocupação do sector no que diz respeito ao cumprimento das regras da segurança alimentar.  

Anteriormente, algumas empresas da indústria implementaram já outros sistemas de gestão da segurança alimentar, que têm por base os princípios de Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP), nomeadamente sistemas baseados na DS 3027:2002. Estes sistemas evidenciam que os produtos são seguros para a saúde dos consumidores, assegura às partes interessadas que a organização implementou um sistema de segurança alimentar adequado, permitindo, ainda, alguns benfícicios acrescidos tais como uma avaliação contínua da empresa, melhoria da imagem e poder negocial da empresa e redução do número de auditorias de clientes.

As empresas que implementaram estes sistemas podem demonstrar que a indústria labora em condições de higiene exigíveis à indústria alimentar, traduzidas na melhoria das condições gerais de trabalho e na organização de fluxos produtivos, focalizando as suas preocupações na identificação e prevenção de possíveis contaminações. 

Todos estas certificações que a indústria da cortiça vai, progressivamente, adoptando terão sempre dois objectivos fundamentais que são garantir aos engarrafadores de vinho que as rolhas que as empresas fornecem são elaboradas tendo em conta os requisitos exigidos para os produtos em contacto com os alimentos e aos consumidores que o alimento consumido está em perfeitas condições uma vez que foi embalado segundo as mais rigorosas indicações de higiene e segurança alimentar.
 
 
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