A Associação Rota do Vinho do Porto foi criada há sete anos para potenciar o enoturismo no Alto Douro Vinhateiro e para o presidente Paulo Outeiro são precisos mais dez para que o número de turistas cresça exponencialmente nesta região.
“Tudo demora o seu tempo. Há sete anos não havia sequer quintas abertas com prova de vinhos nem hotéis nas principais cidades das margens do Douro”, comentou ao JANEIRO Paulo Outeiro, confiante que os responsáveis da região estão a tomar as decisões certas ainda que tardiamente.
O presidente da associação compara o crescimento do enoturismo no Douro com o aproveitamento turístico das caves do Vinho do Porto em Gaia, usadas durante centenas de anos apenas como armazéns. “Assim como os proprietários das caves demoraram anos a tirar proveito turístico dos armazéns, os donos das quintas só agora estão a perceber que o enoturismo pode ser outra fonte de rendimento”, explica. Até que todo um circuito turístico seja montado, reconhece que é preciso um grande investimento e reclama a intervenção da Secretaria de Estado do Turismo.
A primeira fatia deverá ser encaminhada para o Instituto de Estradas de Vila Real, que está há três anos para colocar a sinalização que delimite geograficamente a Rota do Vinho do Porto. As placas já existem, mas estão guardadas “lamentavelmente” num armazém até que haja financiamento para a sua colocação. Depois falta, segundo Paulo Outeiro, um incentivo para que os turistas que sobem o Douro de barco não regressem ao Porto no mesmo dia com um passeio num comboio turístico. “A grande maioria dos turistas compra uma lembrança e deixa a região no dia em que chega”, repara o presidente da associação. |