Segundo Moore, o vinho produzido no arquipélago é "um vinho fortificado que parece ter tanta energia que é virtualmente importal". "Provar outros vinhos antigos é quase um exercício para compreender o quão bem eles se comportam com a idade, quanta agilidade retêm, mas o vinho Madeira não é assim", assegura a crítica. 

 

"O vinho da Madeira prolonga-se e prolonga-se, tornando-se, visivelmente, mais complexo e mais sábio, como uma personagem do Velho Testamento que, mesmo depois de um ou dois séculos, se mantém estranhamente jovem", elogia Moore, que destaca o facto de este vinho "não seguir nenhum dos padrões normais de produção". 

 

A autora do artigo explica, a este propósito, que "a maioria dos seis (ou oito, dependendo de como contamos) produtores da ilha não são proprietários de vinhas" e que, em vez disso, a terra onde as uvas crescem "é partilhada por mais de mil agricultores, alguns dos quais podem ter apenas uma mão cheia de vinhos".

 

"Porém, e apesar de todas as suas estranhezas, talvez até por causa delas, o vinho da Madeira mantém-se um vinho sério e impressionante", assegura Moore, garantindo que "vale a pena gastar uns trocos a mais e apostar num dos vinhos madeirenses que têm mais personalidade". 

 

Graças às suas "extraordinárias propriedades de envelhecimento", o The Telegraph recomenda a oferta de uma garrafa como presente de aniversário ou mesmo de Natal. "É delicioso com tartes salgadas, passas ou 'strudel' de maçã' e, mesmo depois de aberta a garrafa, o vinho mantém-se bom durante vários meses", finaliza o artigo.