Estima-se que sejam produzidas menos 30 milhões de garrafas na região.
Com ‘excelente’ garantido na qualidade, a região do Douro deve colher este ano menos 30 milhões de garrafas do que em 2013: menos 23 milhões de garrafas de Vinho do Porto e 7 milhões de garrafas de vinho de mesa, o DOC Douro.
Para Pedro Silva Reis, presidente da Real Companhia Velha, um dos maiores produtores e engarrafadores da região, "as chuvas da primavera criaram dificuldades nas vinhas de altitudes mais elevadas, originando uma quebra na ordem dos 20%". No entanto, essa quebra na quantidade será compensada pela excelência da qualidade. "Este ano reserva- -nos colheitas de excecional qualidade, tanto nos DOC como no Vinho do Porto, que continua a ser o grande motor da região", afirma.
Mas apesar de o Vinho do Porto representar, em quantidade, mais de 75% do que se colhe na região e, em valor, 40% das exportações nacionais de vinho, a verdade é que os vinhos de mesa têm conhecido um enorme crescimento. "Sem desinvestir no Vinho do Porto, porque é o ex-líbris e o que financeiramente mais importa, deve apostar-se nos vinhos de mesa de qualidade, de maneira a que, numa estratégia de complementaridade, a região venha a produzir 180 a 200 milhões de garrafas, sendo metade DOC e metade Vinho do Porto", explica Pedro Silva Reis.
A maioria dos novos produtores tem apostado nos vinhos de mesa, tirando partido de características únicas de uma região abençoada. "Temos um clima espantoso e um solo único que permite a produção de uvas excecionais numa imensa variedade de castas", diz Álvaro Martinho Lopes, guardião da Quinta das Carvalhas, no Pinhão. |