O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) disse hoje à agência Lusa que vão ser investidos 2,1 milhões de euros numa campanha de promoção a realizar em 12 países europeus e americanos.
Segundo Jorge Monteiro, o plano de promoção dos vinhos do Porto e Douro no estrangeiro é financiado com recursos próprios do IVDP e o montante previsto para este ano é "ligeiramente" superior em relação ao ano passado (mais 300 mil euros).
Dos 2,1 milhões de euros aprovados pelo conselho interprofissional do IVDP na passada sexta-feira, 1,6 milhões destinam-se à promoção do vinho do Porto e 500 mil ao Douro, especificou.
Na campanha de 2006, O IVDP pretende assim formar o consumidor e os profissionais do sector em Espanha, França, Bélgica, Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Finlândia, Noruega, Suécia, EUA, Brasil e Canadá.
Em relação ao vinho do Porto, a campanha contemplará apenas a promoção de categorias especiais, com o objectivo de ganhar quota de mercado nos países onde o produto é já comercializado.
Relativamente ao Douro, o IVDP tentará "encostar" a campanha à promoção dos vinhos do Porto no estrangeiro, mas incidirá sobretudo no mercado interno.
Entre as campanhas a promover durante o ano, Jorge Monteiro destacou as acções de formação em restaurantes topo de gama, em escolas de hotelaria francesas e em feiras sectoriais, bem como as já tradicionais provas de vinho que serão desenvolvidas tendo em vista a educação dos profissionais e dos consumidores.
Complementarmente, acrescentou, o IVDP aguarda pela aprovação de duas candidaturas a programas comunitários, uma para a promoção no mercado interno - no âmbito do Ministério da Economia - e outra dirigida ao mercado externo - no âmbito do Ministério da Agricultura - e vocacionada para a captação de novos países consumidores.
Para 2006, o IVDP terá ainda em cima da mesa um projecto de sistematização das categorias especiais e das menções complementares para o Vinho do Porto: Vintage, LBV, Vintage Character, Colheitas, Reservas, Tawnys, Old e Very Old.
O objectivo é, segundo Jorge Monteiro, reduzir o número de categorias e torná-las mais perceptíveis ao consumidor final, tendo em vista a "forte concorrência" dos designados "vinhos do novo mundo" que são de leitura simples, relativamente aos europeus.
Este processo só fará sentido com o acordo dos produtores e de forma consensual, sublinhou. |