No primeiro semestre, a faturação está a crescer 3%, devendo atingir os 150 milhões de euros. As exportações estão ao nível de 2013.
As vendas de vinho do Porto registam um crescimento acelerado no mercado doméstico, contrastando com a estagnação das exportações.
No primeiro semestre a faturação está a crescer 3%, devendo atingir os 150 milhões de euros. Mas o principal estímulo reside no mercado português. Na frente exportadora, os desempenhos são variáveis e o saldo final ficará ao nível de 2013.
A pujança do mercado doméstico "traduz o efeito do fenómeno do turismo e poderá ter um efeito multiplicador porque uma boa parte dos turistas estão no Porto pela primeira vez", justifica António Saraiva, presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP).
As vendas em Portugal estão a subir 10%, mas o fator mais virtuoso decorre do peso crescente das categorias especiais (39%). A tradição do mercado português é comprar categorias baratas.
Alemanha em queda, Dinamarca em alta
Alemanha (-30%), Canadá (-25%) e Reino Unido (-1%) são os mercados do top-10 que estão a registar maiores quedas, compensadas, todavia, pelos crescimentos registados na Dinamarca (65%) Bélgica (19%) e Estados Unidos (14%).
António Saraiva desvaloriza estas oscilações, advertindo que nuns casos refletem a antecipação de encomendas ou o efeito de novos lançamentos, como sucedeu com o vintage de 2011, lançado no último ano. O gestor releva a "estabilidade das vendas" de um produto indiferente ao fator moda, que "soube fidelizar os seus clientes internacionais".
As categorias especiais ganham terreno nos principais mercados, representando um terço da faturação do sector. Nos mercados americanos, canadiano e dinamarquês, o segmento dos vinhos caros pesam mais de 70% nas vendas totais.
Em França, o principal mercado de exportação, as vendas registam um crescimento ligeiro à custa das categorias correntes, já que o segmento dos vintages, colheitas ou Late Bottled Vintage (LBV) está em perda e representa apenas 14% da faturação total. |