19 regiões vinícolas juntas em nome da protecção das Denominações de Origem
IVDP | 03-04-2014

Proteger o consumidor, garantir a verdade na rotulagem e promover os nomes de origem vitivinícolas são os principais objectivos da Declaration of Place que agora obteve a adesão de três novos membros.

No encontro realizado em Épernay, na região francesa do Champagne, a região vitícola norte-americana Santa Bárbara, na Califórnia, e as regiões vitícolas francesas Bordeaux e Bourgogne/Chablis aderiram à declaração assinada a 26 de Julho de 2005, em Napa Valley, Califórnia, que visa mover esforços no sentido de proteger a Denominação de Origem dos vinhos.

Desde então, o número de regiões signatárias tem vindo a aumentar, agregando neste momento 19 regiões norte-americanas, europeias e australianas. Diversas actividades vão ser desenvolvidas em conjunto pelas regiões aderentes da declaração, de forma a sensibilizar o consumidor para a importância da origem geográfica dos produtos e para a sua identidade. O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (Porto) é um dos membros fundadores da Declaration of Place.

Todos concordam que cada região é única, produzindo vinhos que não são possíveis de obter noutro local, que o terroir de cada região torna cada vinho único. A Declaration of Place tem também como objectivo informar os consumidores da proveniência dos vinhos para que possam ter confiança no que lêem no rótulo, considerando que é do interesse do consumidor, do comerciante, das regiões e da indústria como um todo.

Até à data foram desenvolvidas múltiplas acções de sensibilização para a importância da origem geográfica dos produtos e realizados inquéritos de opinião sobre a importância do local na decisão de escolha do consumidor (Study of American Wine Consumers). Foi ainda feito o levantamento de todos os rótulos aprovados nos Estados Unidos contendo as designações Port, Champagne e Sherry (COLA - Certified of Label Approval - Research and Analysis).

Para o presidente do IVDP, "a existência desta declaração conjunta vem dar força à importância das Denominações de Origem ao nível mundial e contribui para que outros países, como os Estados Unidos ou a Austrália, desenvolvam as suas próprias indicações geográficas dos vinhos. É ainda fundamental para a contínua afirmação da exclusividade das regiões, nomeadamente da Região Demarcada do Douro", conclui Manuel de Novaes Cabral.
 
 
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