A Comissão Vitivinícola da Região (CVR) do Tejo quer quadruplicar os 300 mil litros de vinho exportados em 2012 para os Estados Unidos da América nos próximos cinco anos, reforçando a aposta forte dos produtores portugueses naquele mercado.
"Esperamos duplicar este ano os 300 mil litros exportados em 2012, passando de um milhão de euros para dois milhões em relação ao volume de negócios. Temos um objectivo ambicioso que é quadruplicar, nos próximos cinco anos, o volume actual de exportações para os Estados Unidos", afirmou hoje o presidente da CVR Tejo.
Numa conferência de imprensa, inserida numa iniciativa de promoção dos Vinhos do Tejo junto de uma comitiva de americanos ligados ao sector, José Pinto Gaspar frisou que a CVR Tejo vai continuar a "reforçar o investimento e a divulgação" dos Vinhos do Tejo nos Estados Unidos, de forma a solidificar o trabalho de penetração que tem vindo a ser desenvolvidos, naquele "mercado importante".
Os Estados Unidos da América (EUA) são o maior importador de vinhos a nível mundial e o melhor mercado de exportação dos vinhos portugueses.
De 2011 para 2012, as exportações da CVR Tejo para os EUA tiveram "um crescimento exponencial de 119%", havendo a expectativa de que este valor "duplique" em 2013.
Actualmente existem 15 produtores regionais a exportar para o mercado norte-americano, estando a CVR Tejo empenhada em que mais produtores da região possam também começar a exportar para aquele país.
"A CVR Tejo tem levado a cabo e vai continuar a levar acções de divulgação dos vinhos do Tejo junto do mercado norte-americano, mas a estratégia depende de cada produtor. Esperamos que o número de produtores cresça, pelo menos, para os vinte, que são os que aqui estão hoje nesta iniciativa de dar a conhecer os nossos vinhos", sublinhou José Pinto Gaspar, referindo-se ao evento, que contemplou uma prova de vinhos e que decorreu a bordo de um barco no rio Tejo.
Fora da Europa, além dos EUA, os vinhos da CRV Tejo são comercializados no Brasil, Rússia e na China.
José Pinto Gaspar perspectiva que a CRV Tejo venha a desenvolver acções de divulgação dos vinhos da região em Moçambique.
Presente na iniciativa, uma norte-americana, proprietária de uma empresa de importação de vinhos, elogiou a qualidade/preço dos vinhos portugueses e defendeu que a "forma tradicional" é a melhor para os produtores portugueses conseguirem penetrar naquele mercado.
"É contactarem um importador, um distribuidor, levarem o produto até ele e mostrarem que aquele é um bom vinho", explicou Adele Tolli Capela, que importa vinhos portugueses desde 2010.
Por seu lado, Candela Maria Pol, escanção norte-americana especializada em vinhos da Península Ibérica, destacou a "diferenciação" dos vinhos da região do Tejo em relação ao de outros países.
A especialista defendeu a venda do produto inserida numa estratégia de criação de uma imagem e contextualizada com a história e da cultura do país. |