ViniPortugal diz que exportações de vinho para o Brasil estão abaixo do esperado
Lusa/RTP | 21-09-2013

O presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro, disse à Lusa que as exportações para países como o Brasil em 2013 estão aquém daquilo que seria de esperar, devido às respetivas economias não estarem a crescer como o previsto.

Se no final de agosto o Instituto da Vinha e do Vinho já revelava que as exportações de vinhos nacionais haviam crescido em valor no primeiro semestre, ainda que tivessem caído em volume, Jorge Monteiro considera "muito bom" o aumento de valor, calculado em 1,5% no caso da ViniPortugal, que é feito à custa do preço dos produtos.

"Este crescimento analisado com mais cuidado permite distinguir mercados, como o Brasil e a China, cujas economias não estão a crescer como se esperava e isso reflete-se nas exportações. Mais no Brasil. As exportações estão bastante abaixo do que era previsto, por efeito da conjuntura económica", referiu o presidente da associação responsável pela promoção da imagem dos vinhos nacionais no exterior.

Porém, pelo lado positivo, Jorge Monteiro recorda que a Alemanha está a crescer na casa dos 10%, Angola 7,5%, os EUA 4% e o Canadá mantém uma tendência de crescimento próxima dos 6%.

Ainda assim, há retrações no caso das vendas de Vinho do Porto, que se devem, em particular, a um mercado mundial que simplesmente "não cresce" e continua a ter como oponentes produtos de larga escala como Martini.

"Os números precisam sempre de ser interpretados. Aquilo que nós vemos é que houve algumas oscilações, para cima e para baixo, na linha da quantidade. Relativamente à linha do preço a curva esteve sempre acima relativamente ao ano anterior. Desde 2000 o Vinho do Porto sofreu uma quebra sensível. Nos últimos três, quatro anos tem havido uma manutenção dos níveis de comercialização e das exportações", explicou à Lusa o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel Cabral.

O responsável do IVDP realça que tem havido uma valorização do Vinho do Porto este ano e lembra que a larga maioria dos mercados da bebida situam-se na Europa, onde a debilidade conjuntural está a ser enfrentada, apesar de tudo, com um aumento do preço.
 
 
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