BRUXELAS atribuiu ao Porto, Champanhe e Jérez um bolo de nove milhões de euros para três anos.
No caso português, são três milhões de euros para desenvolver campanhas de informação nos Estados Unidos em prol da denominação de origem. O reforço do programa para mais três anos aguarda decisão da Comissão Europeia e resultados, já que o projecto deu início em meados de 2005.
Esta é uma espécie de "moeda de troca" à cedência das denominações de origem no âmbito do acordo bilateral de comércio de vinhos entre a União Europeia e os Estados Unidos. "É muito importante que se entenda que o que se está a passar relativamente ao vinho do Porto também se está a passar com o Champanhe e o Jérez, não estamos isolados neste processo. No caso português, estes países - EUA, e agora, Austrália e África do Sul -, vão poder deixar de usar a denominação "Port", mas passam a poder usar menções complementares, como "tawnys" e "vintage", que eram exclusivas do vinho do Porto", explicou o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Jorge Monteiro adiantou que o instituto tem este ano para promoção 2,1 milhões de euros (1,6 milhões para vinho do Porto e 500 mil euros para vinhos do Douro).
"O plano promocional assenta em dois eixos: educação do consumidor e formação dos profissionais de hotéis, restaurantes e bares, dentro e fora de portas", afirmou. A título de exemplo, apontou o protocolo com o ministério da educação francês, envolvendo 20 escolas e onde se darão aulas sobre vinho do Porto. Os 250 anos do Douro.
Este ano comemoram-se os 250 anos da Região Demarcada do Douro. Estão previstas muitas acções, envolvendo várias entidades num "projecto colectivo". Entre 20 e 24 de Junho, decorrerá uma acção conjunta com entidades espanholas, promovendo igualmente os vinhos do Douro espanhol. Será uma semana de colóquios, seminários e festa popular na Régua.
De 13 a 15 de Outubro, será a vez do congresso da Associação Internacional de Juristas de Direito Vitivinícola debater as denominação de origem. Decorrerão também leilões de vinhos "não só no território nacional, mas também em Londres e Nova Iorque". E uma prova-vídeo, com personalidades dos principais mercados de vinho do Porto Reino Unido, França, EUAs, Portugal e Brasil. |