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Os melhores vinhos verdes da colheita 2012 são os Loureiro Quinta da Lixa, Casa da Senra e Casa de Vilacetinho, o Alvarinho Regueiro Secreto, o Arinto Quinta de Valetruto e o Alvarinho/Trajadura Aromas das Castas, decidiu um júri internacional.
A eleição dos melhores vinhos verdes é uma iniciativa anual da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e os vencedores deste ano foram conhecidos na sexta-feira, à noite, no Porto, durante um jantar que reuniu cerca de 350 convidados.
Os 6 melhores ficaram com os prémios Best Of, a categoria mais alta deste concurso, e foram escolhidos por um júri internacional composto por especialistas oriundos dos principais mercados de exportação, como os Estados Unidos, a Alemanha, o Brasil, o Canadá, a Suécia, o Reino Unido e a Suíça.
O júri, que provou 35 vinhos, integrou ainda um representante nacional, o crítico Luís Lopes.
Ao todo, foram distinguidos 91 vinhos verdes, 12 dos quais com ouro, 13 com prata e 58 com o troféu Verde Honra. A casta Loureiro sobressai, com 3 vinhos premiados.
Destaque também para a Quinta da Lixa, que se situa na sub-região do Sousa e tem 2 vinhos entre os 6 melhores: o Aroma das Castas branco, feito com as castas Alvarinho e Trajadura, e o Quinta da Lixa loureiro, obtido a partir exclusivamente da casta que lhe dá nome.
Outro loureiro premiado pelo júri internacional é o Casa de Vilacetinho, produzido em Alpendorada, na sub-região de Amarante, numa propriedade de 30 hectares de vinha que também alberga uma histórica casa dos séculos XVII e XVIII: a Casa de Vilacetinho.
De Arcos de Valdevez, na sub-região do Lima, veio outro loureiro galardoado com o troféu Best Of: o Casa da Senra, produzido pela Abrigueiros.
O Regueiro Secreto vem de Melgaço, de uma propriedade, a Quinta do Regueiro, que tem 6 hectares e produz unicamente Alvarinho.
O Quinta de Valetruto tem origem na sub-região do Paiva e é o único vinho verde da casta Arinto que está entre os melhores do concurso da CVRVV.
Região mudou muito nos últimos anos
Para o presidente daquela entidade, Manuel Pinheiro, “a região fez uma profunda mas tranquila revolução nos últimos anos”.
É por essa razão que, explica, “o vinho verde é, hoje, a grande estrela dos vinhos portugueses por esse mundo fora, nomeadamente nos Estados Unidos”, primeiro mercado de exportação, com 9 milhões de euros em vendas em 2012.
Manuel Pinheiro realça ainda “a CVRVV acertou quando decidiu apostar no Alvarinho, no Loureiro, no Vinhão ou no Espadeiro” e mostrou-se “orgulhoso” pelos resultados obtidos em 2012 no que toca a vendas.
“Fechámos 2012 como o maior ano de sempre de exportações, compensando bem as limitações do mercado nacional. Nunca se exportou tanto vinho verde e, acima de tudo, nunca tantos exportaram vinho verde”, garantiu.
Manuel Pinheiro frisou, ainda, que “a região precisa de garantir a rentabilidade do sector agrícola”, o que passa, nomeadamente, por “assegurar a continuidade do seguro de colheitas” – o único do género existente em Portugal, abrangendo cerca de 22 mil produtores – e por “não deixar fugir os apoios do próximo quadro comunitário”. |
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