Exportações de vinho verde de Felgueiras para a Rússia aumentam 15% ao ano
Lusa | 17-05-2013

As exportações de vinho verde da Cooperativa Agrícola de Felgueiras (CAF) destinadas à Rússia estão a aumentar 15% ao ano, tendo ultrapassado as 100.000 garrafas em 2012, disse à Lusa o presidente da direção.

Segundo Casimiro Alves, se a tendência de crescimento dos últimos anos se mantiver, prevê-se que aquele mercado possa absorver cerca de 500.000 garrafas dentro de três anos.
 
"É um mercado com grande potencial de crescimento, porque aprecia a qualidade dos vinhos brancos", explicou.
 
Os importadores russos preferem a mais cara das três marcas comercializadas pela CAF, o que reflete o tipo de consumidores que consomem o vinho importado de Felgueiras.
 
À Lusa, o dirigente garantiu que a instituição está preparada para satisfazer o aumento da procura do mercado russo, lembrando que a Cooperativa de Felgueiras é, atualmente, a maior produtora de vinho verde do país. Em 2012, adiantou, a produção atingiu os 4,2 milhões de litros.
 
Outro mercado onde os vinhos de Felgueiras continuam a ter boa aceitação é o dos Estados Unidos da América, que importam anualmente cerca de 150.000 garrafas.
 
"É um mercado que tem crescido, embora a um ritmo mais lento, porque está mais consolidado do que o russo", observou o presidente.
 
Alemanha, Noruega e Suíça são outros mercados onde o vinho verde de Felgueiras tem tradicionalmente uma boa aceitação.
 
Também com forte crescimento continua o Brasil, apesar de, admitiu, haver por vezes grandes dificuldades nos processos burocráticos de importação.
 
Onde o crescimento não se tem revelado tão forte como se esperava é o mercado angolano, situação que o responsável da Cooperativa de Felgueiras atribui aos obstáculos políticos colocados na importação.
 
O mercado chinês é outra aposta recente, com a participação em várias feiras, mas ali a resistência tem sido maior, devido à preferência dos consumidores pelos vinhos maduros tintos, sobretudo os franceses.
 
Apesar dos progressos na internacionalização em diferentes mercados, a exportação absorve apenas 15% da produção da maior adega cooperativa da região dos vinhos verdes.
 
Casimiro Alves revela que o mercado nacional continua a consumir a grande fatia da produção de vinho verde, o que garante o equilíbrio financeiro da instituição.
 
Em 2012, a CAF faturou 2,6 milhões de euros no negócio do vinho, mas para este ano as previsões apontam para um crescimento, traduzido na venda de seis milhões de litros.
 
 
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