Visita à região de profissionais do setor decorre de 23 a 25 de abril
Produtores de Vinho Verde com importadores dos EUA e Canadá
CVRVV | 23-04-2013

O crescimento, há 12 anos consecutivos, das exportações para os EUA e para o Canadá é proporcional ao número de profissionais do setor que visitam a região dos Vinhos Verdes.

O interesse em conhecer um vinho leve e de baixo teor alcoólico traduz-se, este ano, na vinda ao noroeste de Portugal da maior comitiva de sempre de importadores norte-americanos e canadianos. Ao todo, 19 profissionais daqueles dois mercados externos vão percorrer, durante três dias, uma boa parte do 21 mil hectares da região e estabelecer contactos diretos com os produtores, interessados em mostrar o portefólio de marcas e, assim, abrir mais portas à entrada de um vinho único no Mundo em dois países que ocupam os primeiros lugares entre os que mais compram Vinho Verde.

Os EUA são a locomotiva das exportações de Vinho Verde à escala mundial – quatro milhões de litros e nove milhões de euros em 2012, o que representa um aumento de 14 por cento face ao ano anterior – e o Canadá é já o quarto maior importador, com mais de um milhão de litros comprados e 3,2 milhões de euros transacionados – em valor, o crescimento foi da ordem dos 18%.

Em equipa que ganha não se mexe. A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) mantém a fórmula de sucesso que tem permitido bater todos os anos, desde 2001, recordes de exportação e, de 23 a 25 de abril, vai trazer à região um conjunto de importadores de dois mercados prioritários para criar oportunidades de negócio com os produtores de Vinho Verde.

A estratégia da CVRVV passa por ações promocionais naqueles que considera ser os mercados de referência dos Vinhos Verdes, com provas e seminários educativos dirigidos por conceituados sommeliers, e ainda por visitas à região de profissionais que podem ajudar a comunicar nos países de origem um vinho único, como jornalistas especializados, e outros que estão na base do processo de comercialização do produto, os importadores de vinho.

Antes da viagem de produtores de Vinho Verde aos EUA e ao Canadá, marcada para 7 e 9 de maio, respetivamente, é a vez dos importadores daqueles países provarem o que de melhor se produz na região e sentarem-se à mesa com os agentes económicos interessados em reforçar as exportações para os mercados norte-americano e canadiano.

Para o presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, “a vinda à região de profissionais estrangeiros ligados ao setor dos vinhos é absolutamente decisiva para o crescimento sustentado das exportações de Vinho Verde”, que, em 2012, voltaram a aumentar pelo 12.º ano consecutivo, com uma subida de 10% em relação ao ano de 2011. “O esforço que temos feito em trazer cá jornalistas, sommeliers, distribuidores e importadores tem valido a pena e ajuda a explicar, em boa medida, a tendência que se tem verificado no aumento das vendas para os mercados externos, nomeadamente para os EUA e para o Canadá”, sublinha ainda Manuel Pinheiro, decidido em manter a aposta da promoção nos países que já consomem Vinho Verde, em vez de ir à procura de novos mercados.

A prova está nos 600 mil euros que a CVRVV vai investir, este ano, em ações promocionais nos EUA, aquele que é à distância o país de destino do maior número de garrafas de Vinho Verde: 5,3 milhões em 2012. É a maior fatia de um orçamento de 2,8 milhões de euros para 2013, ano em que o Canadá tem destinados 295 mil euros em iniciativas de promoção. No Brasil, o Vinho Verde vai apresentar-se com 500 mil euros e, na Alemanha, com 300 mil.

O ano de 2012 fechou com as exportações a subirem 10%, impulsionadas pelo crescimento das vendas em países como Suíça – 22% –, Angola – 14% –, Brasil – 21% –, Canadá – 18% – e EUA – 14%. No mercado norte-americano, o volume de negócios atingiu os nove milhões de euros, mais 1,1 milhões do que em 2011, o que equivale a quatro milhões de litros vendidos, mais 250 mil do que no ano anterior. Já para o Canadá, a fatura mostra que quase 1,1 milhões de litros de Vinho Verde entraram em solo canadiano, o que representa 3,2 milhões de euros, acima dos 2,7 milhões de 2011.
 
 
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