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Das vinhas velhas da Quinta do Caêdo, em Ervedosa, para cima do Pinhão, nasce o Legado, um vinho especial que recentemente viu no mercado a sua mais jovem colheita, a de 2009.
A primeira tinha sido a de 2008 e foi um sucesso. Esta quinta na posse da Sogrape desde a década de 1990 tem 22 hectares de vinha espalhados por ambas as margens da ribeira. Mas é dos sete hectares de vinhas velhas plantadas em pequenos patamares de pedra solta que trepam encosta acima, trabalho hercúleo de homens que à força de braços, guilho e picareta a plantaram há mais de um século, que saem as uvas para o Legado.
É um vinho muito especial, nascido do fascínio de Fernando Guedes, presidente da Sogrape, por aquelas vinhas e aquelas videiras que se agarram à vida no meio do imenso pedregal, produzindo cada cepa um ou dois cachos, no máximo, mas de uma enorme qualidade.
O nome de Legado procura ser uma homenagem e também o testemunho do conhecimento e do saber que Fernando Guedes recebeu de seu pai, Fernando van Zeller Guedes, fundador da Sogrape em 1942, e que agora pretende transmitir à terceira geração, os seus filhos Salvador Manuel e Fernando e à quarta geração, personificada por Mafalda, filha de Salvador já a trabalhar na empresa.
Luís Sottomayor, enólogo chefe da Sogrape, e a sua equipa corresponderam ao desejo de Fernando Guedes e criaram este fantástico vinho de aroma intenso e complexo, com notas de frutos secos, figo e ameixa, notas balsâmicas de trufas e sous-bois, bem como especiarias como a pimenta e o caril. A madeira de excelente qualidade está muito bem integrada. Na boca mostra grande elegância e harmonia, com uma acidez muito viva mas bem integrada, boa presença de especiarias como a pimenta, e muita mineralidade. O final é extremamente longo, complexo e harmonioso. Custa 80 euros e deverá atingir o seu apogeu dentro de 10 anos, devendo durar mais 20 ou 25 anos. |
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