Aumento do preço médio de venda ao exterior contribuiu para o crescimento de 1% e 9% do volume de negócios, respectivamente.
Segundo as contas feitas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), com base no total anual móvel (últimos 12 meses) em Novembro, foram comercializadas para o exterior quase oito milhões de caixas de vinho do Porto (equivalente a 95,9 milhões de garrafas). A subida de 0,9% do preço médio fez o volume de negócios subir para 308,7 milhões de euros, mais 1% do que no período homólogo (305,6 milhões de euros).
Entre Dezembro de 2011 e Novembro de 2012, também os vinhos DOC Douro foram vendidos no estrangeiro a um preço médio 1,4% superior. Em volume, a exportação dos vinhos de mesa da região melhorou 7,6% – saíram do País 12,3 milhões de garrafas – e o crescimento em valor chegou aos 9%, gerando receitas de 37,1 milhões de euros.
Realçando o crescimento do preço médio, o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, considerou "muito positivo" o nível de vendas dos vinhos da Região Demarcada do Douro, frisando em comunicado que isto aconteceu "num ano em que se acentuou o cenário negativo em termos económicos", incluindo em alguns dos "principais mercados" de destino destes produtos, na Europa.
Estes dados das exportações são particularmente relevantes para a fileira do vinho do Porto, uma vez que podem significar uma ligeira recuperação no final deste ano, após a quebra de 4,1% registada em 2011 nas vendas totais (ou seja, incluindo o mercado nacional). No entanto, apenas no final deste mês é que o instituto público terá os dados relativos às vendas em Portugal até Novembro, uma vez que as empresas do sector têm um prazo mais alargado para entregar essas declarações à entidade reguladora e fiscalizadora.
Loja e solares entram nos 2,9 milhões para promoção em 2013
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto investiu este ano 2,3 milhões de euros no plano de promoção e internacionalização, com o objectivo de contrariar a quebra no posicionamento comercial do vinho do Porto ao longo da última década. O orçamento para 2013 aumenta para 2,9 milhões de euros, incluindo, pela primeira vez, a gestão da loja no Porto e dos solares, em Lisboa e no Peso da Régua. Estas estruturas, que até aqui eram tratados autonomamente, passarão a ser geridas numa lógica de promoção das vendas e captação de mais clientes, através de acções de dinamização e de contacto com os operadores turísticos. |