O ANO começou da melhor maneira para os vinhos de mesa portugueses nos Estados Unidos, onde um relatório da «The International Wine Review» fala de uma «revolução tranquila na qualidade» da produção nacional, liderada pelos tintos do Douro e do Alentejo.
«Há bons valores» em todo o país, nas regiões do Ribatejo, Bairrada, Terras do Sado e Estremadura, mas «os vinhos tintos de melhor qualidade que provamos são os do Douro e do Alentejo», refere o relatório.
Tendo por base as apreciações de um painel de especialistas que provou 190 vinhos portugueses, esta publicação «on-line» vocacionada para todo o sector vinícola distinguiu 127 com mais de 85 pontos, e colocou 25 referências do Douro e 12 do Alentejo nos 38 primeiros lugares do «ranking» nacional.
As duas notas mais altas foram atribuídas aos vinhos do Douro Quinta do Crasto 2003 Maria Teresa (96 pontos) e Quinta do Crasto 2003 Vinha da Ponte (95 pontos). Já com vários prémios conquistados nos EUA e referências a oito dos seus vinhos, seis dos quais classificados com mais de 90 pontos, a Quinta de Jorge Roquette aparece como «uma das melhores» empresas vitivinícolas nacionais, mas é acompanhada de outros produtores de características tradicionais ou inovadoras, como a Herdade do Esporão, do seu irmão José Roquette, a Sogrape e a Symington.
A análise da «The International Wine Review» destaca «a evolução qualitativa» dos vinhos tintos portugueses nos últimos cinco anos, a par da abertura do país «ao talento de enólogos estrangeiros», e apresenta Portugal como o 6º maior produtor vinícola do mundo, com um aumento de 12,6% das exportações para os EUA em 2004.
A par das castas nacionais e do mapa das regiões demarcadas portuguesas, a revista informa, também, os consumidores americanos de que Portugal tem «bons vinhos para todos os preços», apesar das marcas de melhor qualidade terem uma produção limitada e serem, por isso, difíceis de encontrar no mercado. |