Menezes defende elevação de Caves de Vinho do Porto a Património da Humanidade
Lusa | 22-06-2012

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, defendeu hoje a elevação das caves de vinho do Porto a Património da Humanidade para, em conjunto com o edificado e o Douro, promoverem o destino e a marca Porto.

"Falta, para completar a tríade, elevar as caves do vinho do Porto a património da Humanidade", disse hoje o autarca durante a inauguração do Centro Multimédia Gran Cruz, em Gaia.

Para Menezes, as caves de vinho do Porto, juntamente com a cidade do Porto e a paisagem do Douro (também já elevadas a património da Humanidade), completam "uma tríade fantástica" para promoção da cidade.

O autarca explicou que o projeto para elevar as caves a património da Humanidade começou há cinco anos, mas acabou suspenso por "algumas questões burocráticas", para além de os próprios edifícios estarem então ainda em obras, tal como o próprio centro histórico aonde se encontram inseridas.

"Não era, a época de estaleiro, a mais apropriada", explicou Menezes, para quem este será um projeto apenas para "o próximo ciclo político" por falta de "tempo útil" naquele que é o seu último mandato na Câmara de Gaia.

O potencial do vinho do Porto que ainda existe "é enormíssimo", assinalou, acrescentando que esta "é a altura de por os espanhóis e os portugueses a consumir vinho do Porto no quotidiano".

Também a marca "Porto" é "mais forte que a marca Portugal", razão que leva o autarca a defender a necessidade de a "aproveitar", lembrando os "52 destinos turísticos com voos diretos" a partir da cidade.

Nos últimos anos, as várias marcas de vinho do Porto têm investido na reabilitação dos seus equipamentos ou mesmo na construção de novos, atingindo os 37 milhões de euros só em três grupos: Symington (dois milhões nas caves Grahams), Fladgate Partnership (32 milhões no hotel Yeatman) e Porto Cruz (três milhões no centro multimédia).

A maior visibilidade das marcas, o aumento de número de visitantes e consumidores são as principais razões por detrás dos investimentos, cujo retorno é contabilizado pelos milhares de turistas que ao longo do ano passam pelas caves.
 
 
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