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O presidente do Concurso Mundial de Bruxelas, que este ano tem lugar em Guimarães, considera que "Portugal é, provavelmente, o país da Europa onde a qualidade da produção de vinho mais progrediu nestes últimos 10 anos".
Baudouin Havaux, em entrevista dada à Agência Lusa, realçou que "Guimarães é a Capital Europeia da Cultura deste ano" e para a entidade a que preside é "importante associar-se a um acontecimento internacional tão prestigiante, que sublinha o caráter cultural do vinho, que faz parte do nosso património".
O 19º Concurso Mundial de Bruxelas (CMB) começa sexta-feira e termina domingo e conta com uma participação recorde de mais de 8.300 vinhos bebidas espirituosas do mundo inteiro, o que equivale a um aumento de 10 por cento face a 2011.
"É a edição mais importante pelo número de amostras" inscritas e igualmente pelos provadores que irão estar presentes, destacou também Havaux.
"Este aumento significativo de produtores que vão participar na nossa competição é a prova da confiança que eles têm na nossa organização", considerou.
O responsável afirmou que um dos objetivos do Concurso é "provar nas melhores condições técnicas as 8.300 amostras concorrentes, com vista a selecionar 20 a 25 por cento dos melhores vinhos que serão medalhados".
Os vinhos distinguidos deverão ser "o reflexo, para o consumidor, do melhor que a viticultura mundial produziu nestes últimos anos".
"Estamos cientes da nossa responsabilidade para com o consumidor, para quem o autocolante com a medalha da competição colado nas garrafas é uma garantia", argumentou.
Segundo Havaux, ganhar uma medalha neste concurso, um dos maiores e mais prestigiados a nível mundial, é, em primeiro lugar, o "reconhecimento por parte de um júri internacional da qualidade de um vinho e do trabalho efetuado durante anos para a conseguir".
"Um comerciante confidenciou-nos recentemente que uma medalha do Concurso Mundial de Bruxelas lhe garantia um aumento das suas vendas de 15 por cento", reforçou.
O presidente do CMB referiu ainda que outro objetivo, este ano, é "acolher os 320 provadores profissionais o melhor possível, para lhes permitir degustar em boas condições e beneficiar pessoal e profissionalmente da sua estadia em Portugal".
"Estamos muitos satisfeitos porque Portugal é, sem dúvida, o país da Europa onde a qualidade da produção vinícola mais progrediu nestes últimos dez anos. O concurso também pretende revelar aos consumidores a qualidade de vinhos menos conhecidos que nem sempre beneficiam da notoriedade que eles mereciam", salientou.
Havaux destacou ainda que o concurso é uma ocasião para os jurados, na sua maioria jornalistas especializados, descobrirem a paisagem vinícola da região, lembrando que "do programa fazem parte visitas ao Douto e à região produtora do vinho verde". |
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