As exportações de vinhos portugueses para a China quase duplicaram em 2011, pelo segundo ano consecutivo, para 8,23 milhões de euros, realçou hoje um responsável do setor.
Não contando com o Porto e Madeira, as exportações de vinhos para a China cresceram 91,7% no ano passado, fazendo do país o quinto maior mercado de Portugal fora da Europa, precisou à agência Lusa em Pequim a gestora da Vini Portugal para a Ásia e África, Sónia Fernandes.
"As perspetivas são muito boas. Até 2015, a China vai ser um dos maiores consumidores mundiais de vinho", disse a especialista. "O mercado existe, mas temos de trabalhar muito a marca Portugal", acrescentou.
Sónia Fernandes deslocou-se esta semana à China para preparar as próximas ações de promoção da Vini Portugal em Pequim, Xangai e outras cidades chinesas.
"A China é um dos nossos mercados prioritários. A principal dificuldade é a distribuição", realçou. Mesmo assim, "este mercado está a crescer muito rapidamente" e há já três empresas portuguesas (Sogrape, Enoport e Enoforum) com escritórios em Xangai, a maior e mais cosmopolita cidade chinesa, com mais de 20 milhões de habitantes.
"Há apenas uma década, a China quase não aparecia na lista dos 25 países para onde mais exportávamos. Hoje, está em 13.º lugar e, fora da Europa, ocupa já a quinta posição, a seguir a Angola, EUA, Brasil e Moçambique", indicou também Sónia Fernandes.
Em 2010, as exportações de vinhos portuguesas para a China aumentaram 93% em relação ao ano anterior, somando 4,3 milhões de euros.
Pelas contas da Vini Portugal, em 2011, em termos de volume, as exportações portuguesas cresceram 123%, para 6,1 milhões de litros, o que corresponde a cerca de 7,5 milhões de garrafas, dois terços das quais tinto.
"Portugal está a exportar cada vez mais vinho. Há uns anos, o consumo interno absorvia 60% da nossa produção e só 40% ia para a exportação. Hoje é o contrário", referiu Sónia Fernandes. |