A distinção de "Cidade Europeia do Vinho" entregue ao município de Palmela pela rede europeia de cidades de vinho (Recevin) traz, não só uma grande responsabilidade à autarquia e a todas as entidades envolvidas para realizar tudo aquilo que foi proposto na candidatura, nomeadamente na realização das atividades durante todo o ano, como o objetivo de levar o vinho da região a um patamar mais alto no panorama internacional.
Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara Municipal de Palmela, considera que “o produto da região tem uma qualidade excelente e é produzido a uma quantidade muito grande, mas é preciso levá-lo o mais longe possível”.
“É obrigatório promover o vinho da região e dar-lhe mais sucesso ainda”, refere a autarca, admitindo o desejo de “daqui a uns anos, olhar para trás e ver que a distinção de “Cidade Europeia do Vinho” fez com que em 2012, os vinhos de Palmela tiveram um aumento exponencial nas vendas e que a atividade económica foi dinamizada”. Paulo Varanda, presidente da Recevin, alarga o horizonte regional relativamente às expetativas para as atividades que decorrem ao longo deste ano no concelho de Palmela, esperando que “haja uma contaminação pelo país inteiro em redor da temática dos vinhos”.
“Numa altura de dificuldades financeiras que corre todo o país, é necessário que as instituições e as autarquias se unam em torno do ciclo do vinho”, afirma Paulo Varanda, acrescentando que “Palmela deve reforçar a sua identidade enquanto região vitivinícola e exportá-la”. Por outro lado, o presidente da Recevin declara ainda ser “fundamental a atracão de investimento estrangeiro para o território nacional”, enquanto Ana Teresa Vicente encontra na região “uma componente de diversidade na produção de vinho que se demonstra como um fator de competitividade capaz de acrescentar valor”.
“As caraterísticas diferenciadoras dos produtos vinícolas produzidos em Palmela dão-lhes grandes capacidades de fazer sucesso em vários mercados”, revela a presidente da Câmara Municipal de Palmela. O outro grande objetivo que se encontra por detrás da produção da “Cidade Europeia do Vinho” é “a necessidade de garantir a genuinidade das caraterísticas específicas do produto e a sua relação com a comunidade”, prossegue a presidente da Câmara Municipal de Palmela. O primeiro evento com o símbolo da “Cidade Europeia dos Vinhos” será realizado na Casa Mãe da Rota dos Vinhos no próximo dia 17, com o primeiro de nove cursos de prova de vinhos, organizados pela Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal e Costa Azul. |